Por que podemos afirmar que a quantidade de água consumida por nós é bem maior do que imaginamos?

Quando falamos em saneamento básico, logo imaginamos o abastecimento de água e o esgotamento sanitário. Entretanto, o saneamento básico inclui uma série de outros serviços fundamentais para a qualidade de vida de uma população.

De acordo com a Lei 11.445/07, podemos definir como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Para que uma água de qualidade chegue à casa dos moradores de uma determinada população, ela deve ser captada e tratada para que se torne potável. Todos os processos necessários para enviar água de qualidade à população incluem-se no saneamento básico.

O saneamento básico também se preocupa com os despejos de uma comunidade. Sendo assim, é fundamental que exista um sistema de esgotos eficiente para evitar a proliferação de doenças e de contaminação da água que está sendo consumida.

Para muitos, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos não se enquadram em saneamento básico. Entretanto, eles são fundamentais para se manter um ambiente saudável. É essencial que exista em toda cidade um programa de coleta, tratamento e destinação adequada do lixo produzido pela população, bem como os lixos encontrados nas vias públicas.

É comum que muitas cidades não tenham um programa eficaz de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Todavia, é um item importantíssimo do saneamento básico, pois o sistema de drenagem evita, por exemplo, as enchentes e alagamentos, que são responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças, como a leptospirose.

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Sendo assim, de acordo com a lei, podemos concluir que saneamento básico é um termo muito mais amplo e que todas essas atividades estão relacionadas com um objetivo principal: promover a saúde da população.

Quando nos preocupamos com a qualidade da água que é distribuída, com o tratamento correto do esgoto e o manejo adequado do lixo e das águas pluviais, estamos evitando a proliferação de diversas doenças, garantindo, assim, uma melhor qualidade de vida.

Além de garantir uma melhoria na condição de vida da população, o saneamento básico de qualidade ajuda indiretamente o meio ambiente. Ao dar um destino adequado ao esgoto e aos resíduos sólidos, evitamos a poluição de rios e lagos, por exemplo.

É importante destacar que todas as cidades devem garantir a universalização do acesso ao saneamento básico, ou seja, devem levar esses serviços a todas as residências. Entretanto, ainda muitas localidades no país não têm acesso a esses serviços tão importantes, sendo fundamentais investimentos nessa área.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Você já parou para pensar como a água é uma substância incrível? Ela está em todo lugar: no céu, no ar, no solo, dentro de você e até em Marte! Além da capacidade de dissolver inúmeros tipos de solutos e de auxiliar na manutenção da temperatura do planeta, ela é essencial para as variadas formas de vida que habitam a Terra. Existem muitas curiosidades da água que nem imaginamos!

Diante de toda essa importância, é mais do que justo a água ter uma data totalmente dedicada a ela. Assim, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água.

Essa data tem o objetivo não só de ressaltar a relevância desse patrimônio natural, mas também busca conscientizar a população de todo o planeta sobre a preservação dos recursos hídricos, o direito de acesso à água potável e o consumo consciente.

Portanto, em razão da importância desse recurso para a vida no planeta, vamos falar sobre 8 curiosidades da água que consumimos. Quer saber quais são elas? Então, continue a leitura deste texto!

1. O controle de qualidade da água tratada deve ser feito frequentemente

Para saber se a água se encontra apropriada para o consumo humano, vários testes devem ser realizados. Esses procedimentos de controle e vigilância são definidos pelo Ministério da Saúde e devem se basear em parâmetros físicos, químicos e biológicos preestabelecidos.

Em uma Estação de Tratamento de Água (ETA), alguns parâmetros de qualidade precisam ser monitorados com maior frequência. Entre eles, podemos citar a avaliação de cor aparente, turbidez, pH, concentração de cloro livre e presença de coliformes totais e de Escherichia coli.

Nas ETAs da BRK Ambiental, a frequência dessas análises é bastante alta. Para começar, testes com a água captada para tratamento são realizados a cada duas horas. Além disso, são desenvolvidas análises durante e ao final do processo de tratamento, para o controle operacional e de qualidade do produto.

Assim, em um único mês, mais de 1.800 testes são feitos com as águas de uma ETA da BRK Ambiental. Quando a captação é realizada por poços, essas análises são realizadas duas vezes por semana, já que essa fonte é mais segura, uma vez que fica menos exposta a focos de contaminação.

Porém, em ambos os casos, o controle de qualidade deve continuar nos reservatórios espalhados pelos municípios e na água que chega até o consumidor. Somente dessa maneira é possível garantir que não ocorreu contaminação nas redes de distribuição.

2. O excesso de cloro não deixa a água branca

A próxima curiosidade da água é relacionada à sua aparência. Muita gente acha que se a água potável apresenta uma aparência branca, a culpa é da alta concentração de cloro. Entretanto, isso não é verdade, pois o cloro é transparente.

Esse produto químico é um eficiente desinfetante, e o Ministério da Saúde exige a presença de cloro em baixas concentrações na água distribuída para prevenir a ocorrência de eventuais contaminações nas tubulações de distribuição.

O fenômeno da “água branca” ocorre devido à presença de ar dissolvido na água, muito comum em sistemas com altas pressões. Um bom exemplo disso é aquela espécie de espuma branca que podemos observar na superfície de cachoeiras e rios turbulentos.

Quando isso acontecer com a água potável, o consumidor pode fazer um simples teste. É só deixá-la em repouso em um recipiente por dois minutos. Após esse pequeno tempo de espera, ela voltará a ficar transparente.

3. “Água virtual”: o consumo indireto de água potável

Nem sempre somos capazes de ver ou tocar a água que consumimos. Ou seja, todos nós gastamos muito mais água além da que usamos para beber, cozinhar, lavar e realizar a higiene pessoal.

A “água virtual” faz referência à água utilizada durante a produção de bens de consumo, como alimentos, bebidas, vestuário, eletrodomésticos e meios de transporte. Por exemplo, para fabricar uma única calça jeans são necessários cerca de 10 mil litros de água. Inacreditável, não é mesmo?

Assim, quanto menor o consumismo, menor o gasto durante os processos de produção. Dessa forma, controlar os hábitos de consumo é uma maneira bastante eficiente de economizar e preservar os recursos hídricos.

4. A preservação da água é responsabilidade de todos

Agora, uma curiosidade da água que é fundamental que todos conheçam: apesar de a Terra ser coberta por água, digna de receber o apelido “Planeta Azul”, apenas cerca de 3% é doce e potável. Além disso, a distribuição desigual dos recursos hídricos pela superfície terrestre afeta a sua disponibilidade, onde algumas áreas têm água em abundância e outras sofrem com secas.

Portanto, além dos problemas de distribuição, a escassez é um problema real, já que seu ciclo pode ser afetado por diversos fatores, como poluição, assoreamento, mudanças climáticas e desperdício. A importância do Dia Mundial da Água está justamente na conscientização ambiental e na educação da população para um consumo consciente.

Sabemos que alguns hábitos domésticos contribuem para aumentar o desperdício de água. Entre eles estão: tomar banhos prolongados, não fazer manutenção de vazamentos e lavar carros, quintais, calçadas e roupas em excesso.

O brasileiro consome, em média, 154 litros de água por dia, 44 litros a mais do que a ONU indica como necessário para atender às necessidades básicas das pessoas. Assim, apesar de o Brasil ser um país com recursos hídricos abundantes, o consumo pela população é bastante alto, o que pode prejudicar diretamente o abastecimento.

Um problema tão grande como a possibilidade de escassez de água pode parecer muito grande para que ações individuais façam alguma diferença no cenário global. Apesar disso, especialistas afirmam com unanimidade que a solução passa pela conscientização de todos os setores da sociedade. Cada pessoa pode e deve contribuir com o consumo consciente de água, buscar alternativas e colaborar para ajudar a garantir a oferta de água para todos.

5. A água é fundamental para o desenvolvimento sustentável

A questão da água é tão relevante para a humanidade que a ONU lançou, em 2018, a “Década Internacional para a Ação: Água para o Desenvolvimento Sustentável”. Essa iniciativa está diretamente relacionada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6, que busca assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento em todo o planeta.

Dessa forma, até 2028, as Nações Unidas trabalharão para formar parcerias e melhorar a cooperação entre os países. Afinal de contas, garantir água segura e saneamento adequado para a população mundial é uma tarefa de todos!

6. 80% das mortes são resultantes da ingestão de água contaminada

Existem muitas doenças que podem ser transmitidas por meio da ingestão de água contaminada, como cólera, febre tifóide, parasitoses — ameba, giárdia, Cryptosporidium e Cyclospora —, hepatite A e doenças diarreicas agudas de várias etiologias — como Shigella, Escherichia coli, Rotavírus, Norovírus e Poliovírus.

Devido ao alto potencial de disseminação por via fecal-oral, a transmissão de pessoa para pessoa aumenta a propagação dessas enfermidades, principalmente em locais onde o esgoto corre a céu aberto ou não há sistema de abastecimento com água tratada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uso de água imprópria para consumo, assim como um sistema de esgoto ausente ou inadequado, é responsável por 80% das mortes nos países mais pobres. As doenças relacionadas à água já estão entre as causas mais comuns de morte no mundo todo e afetam especialmente os países ou áreas com condições mais precárias.

7. 97% da água existente no planeta é salgada e está nos oceanos

A demanda de água vem aumentando exponencialmente em todo o mundo, mas o total de água doce produzida naturalmente permanece a mesma desde 1950, com previsão de que se mantenha constante até 2050. Embora ¾ da superfície do planeta seja coberta por água, 97% desse volume está nos mares e oceanos. Ou seja, a maior parte da água do planeta é salgada e imprópria para consumo.

Assim, a água doce não equivale a mais do que 3% desse total. Além disso, apenas um terço desse volume é acessível para consumo humano, pois está presente em lençóis freáticos superficiais, rios e lagos. A outra parte está concentrada em lençóis freáticos profundos, geleiras e calotas polares.

Outro ponto importante é que uma parcela da água potável se encontra poluída, o que diminui ainda mais as reservas disponíveis. Por isso, a escassez de água doce — tão essencial para a vida no planeta — se tornou um problema mundial.

8. 70% da água doce é usada para atividades agrícolas

Por fim, como se não bastassem os dados anteriores sobre a pequena parcela de água doce realmente disponível para consumo, esta última curiosidade da água ressalta que a maior parte dela é utilizada na agricultura. Por isso, o setor é prioritário dentro das políticas de controle dos recursos hídricos.

Estima-se que cerca de 70% da água doce do planeta é usada para atividades agrícolas, como a irrigação, por exemplo. Os outros 30% são divididos entre as indústrias — que utilizam 20% da reserva mundial — e a população mundial — que usa cerca de 10% das reservas para consumo e atividades de higiene e limpeza.

As formas ineficientes de irrigação do solo, as perdas durante o transporte e a contaminação por agrotóxicos são as principais causas desse desperdício. Segundo a Organização as Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), há perda aproximada de 60% da água utilizada para irrigação. O mesmo órgão calcula que uma diminuição de apenas 10% seria capaz de prover água para o dobro da população mundial atual. Uma forma de amenizar o desperdício é a busca por métodos alternativos, como a irrigação por gotejamento e o reaproveitamento da água da chuva.

O mundo vive uma crise de água, com bilhões de pessoas sem acesso à água potável, ao saneamento básico e à higiene. Segundo a OMS, 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo não dispõem de serviços de água gerenciados de forma segura. Existem várias curiosidades da água que valem a pena conhecer e ajudam a repensar o uso consciente desse recurso, valorizando cada gota utilizada.

Gostou das dicas? Ainda há muitas informações úteis que queremos compartilhar. Conheça os detalhes sobre as etapas de tratamento desse recurso natural tão valioso no nosso blog!

Qual é a relação entre a quantidade de água ingerida e a quantidade de urina produzida?

Quando ingerimos pouca água, por exemplo, ocorre uma maior reabsorção dessa substância nos rins, o que faz com que a urina eliminada seja mais escura. Quando muita água é ingerida, a urina eliminada apresenta coloração mais clara e ocorre uma menor reabsorção nos rins.

Quais são os dados apresentados sobre o consumo de água?

De cada 100 litros de água tratada no Brasil, somente 63 litros são consumidos e os 37 restantes são perdidos. As perdas ocorrem devido à vazamento, ligações irregulares, falta de medição ou medição incorreta e roubos. A média de consumo diário que a ONU recomenda é 110 litros por habitante/dia.

Qual o conceito de água virtual Brainly?

Aprovada pela comunidade É a quantidade de água gasta para fabricar algo,toda quantidade de água que é usada para fabricar algo. Como por exemplo a camiseta,usa-se 4 mil litros de água para cultivar a quantidade necessária de algodão para fabricar apenas uma.

Quantos litros de água gasta para fazer uma televisão?

Você tem dois baldes; um de 5 litros e um de 3 litros, e uma torneira para água.

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