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Sémen humano logo após a ejaculação. As áreas claras (que aparecem negras ou marrom devido à cor do fundo) estão começando a se liquefazer Sémen humano ampliado em 1 000x. Na imagem é possível ver diversos espermatozoides, que atuam na fertilização do óvulo feminino. O esperma (do grego: sperma - "semente") conhecido popularmente como “sémen” no português de Portugal e “sêmen” no português brasileiro, é o fluido orgânico produzido pelos machos de muitas espécies de animais para transportar os espermatozoides até o local de fertilização na fêmea. Constituição[editar | editar código-fonte]O esperma ou sêmen é constituído pelo conjunto de dois líquidos, sendo estes o líquido seminal, rico em nutrientes e líquido prostático onde se encontram os espermatozoides. Características do sémen humano[editar | editar código-fonte]O sémen humano é cremoso, espumoso, esbranquiçado e opalino. Períodos de abstinência sexual deixam o esperma amarelado (possivelmente pelo processo de morte e necrose de células haploides mais antigas acumuladas).[1] É composto por uma mistura de secreções testiculares, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Depois de 10 a 30 minutos fora do organismo humano, o líquido espesso torna-se extremamente fluido (curiosamente exposto ao ar em baixas latitudes, a parte mais líquida evapora e ele se resseca tornando-se menos fluido e mais pegajoso).[2] O sabor é "acentuado" (geralmente adstringente) e um pouco salgado (geralmente quando se mistura a resto de urina nos dutos), no entanto tem variações que estão diretamente relacionados com a alimentação de cada indivíduo (quanto mais tempo entre duas ejaculações, maior a tendência ao adocicado). Em volume, a ejaculação de um homem sadio varia entre 3,5 e 5 ml. Volumes em torno de 0,5 ml são, em sua maioria, patológicos. Seu pH encontra-se na faixa de 7,2 a 7,8. São considerados normais 200 a 600 milhões de espermatozoides por ejaculação.[2] Um único ml de esperma contém de 60 a 120 milhões de espermatozoides.[1] Composição do sémen humano[editar | editar código-fonte]Os componentes do sémen derivam de duas fontes: esperma e plasma seminal. O plasma seminal, por sua vez, é produzido pela contribuição da vesícula seminal, próstata e glândulas bulbouretrais. O plasma seminal dos humanos contém um complexo de componentes orgânicos e inorgânicos. Ele fornece um meio nutritivo e protegido para os espermatozoides durante as suas jornadas até o trato reprodutivo feminino. O ambiente normal da vagina é hostil para as células do esperma, já que ele é muito ácido (devido à produção de ácido lático da microbiota vaginal), viscoso, e controlado por células imunes. Os componentes do plasma seminal tentam compensar este ambiente hostil ácido com sua característica alcalina. Aminas básicas(alcalinas) como a putrescina, Espermina , Espermidina e cadaverina são responsáveis pelo cheiro e sabor alcalino do sémen. Essas bases neutralizam o ambiente ácido do canal vaginal (que é muito nocivo ao esperma), e protegem o ADN dentro do esperma da desnaturação ácida. Os componentes e contribuições do sémen são os seguintes:
Sémen e a transmissão de doenças[editar | editar código-fonte]O sémen de uma pessoa livre de doenças não é nocivo em contato com a pele, podendo ser utilizado para minimizar os casos de pele seca ou acne devido seu efeito anti-ácido, porém o contato demorado por mais de 20 minutos pode causar efeito peeling irritante em alguns devido a sua alcalinidade. Entretanto, cuidado pois o sémen pode ser meio de transmissão de muitas doenças sexualmente transmissíveis presentes no organismo do homem doente, incluindo o VIH, o vírus que causa a SIDA. Também imagina-se que os componentes do sémen, como os espermatozoides e o plasma, podem causar imunossupressão no corpo quando atingem a corrente sanguínea ou linfa. As evidências para essa teoria datam de 1898, quando Elie Metchnikoff injetou em um porco seu próprio esperma e o esperma de outro porco, mostrando que o anticorpo produzido em resposta; entretanto o anticorpo estava inativo, evidenciando uma resposta de supressão do sistema imune. Mais pesquisas, como a de S. Mathur e J. Goust,[4] mostraram que anticorpos não existentes anteriormente em casais inférteis podem ser produzidos nesses casais em resposta ao esperma. Estes anticorpos reconheceriam linfócitos T como estranhos por engano, e consequentemente os linfócitos T sofreriam ataque pelos linfócitos B do organismo. Outros componentes do sémen que se mostrariam como estimuladores de um efeito imunossupressivo e também cicatrizante seriam o plasma seminal e os linfócitos seminais. Sangue no sémen (hematospermia)[editar | editar código-fonte]A hematospermia, ou seja a presença de sangue no sémen pode ser indetectável (sendo vista somente microscopicamente) ou visível no fluido. Pode ser causada por inflamação, infecção, danos ao trato reprodutor masculino ou problemas com a uretra, testículos, epidídimo e próstata. Referências
https://www.scielo.br/j/rbs/a/YTSKmqttjwb9kdV9FwbVyXQ/?lang=pt https://magistralguide.com.br/usar-semen-pode-melhorar-a-pele-ou-o-cabelo/ https://repositorio.ufsm.br/handle/1/11145 Ver também[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Onde produzido o espermatozóide?Os espermatozoides são produzidos continuamente nos testículos. Após a produção, os espermatozoides são estocados em um conjunto de canais tortuosos e muito finos, localizados atrás dos testículos, chamado “epidídimo”.
Onde produz e onde armazena o espermatozóide?Após a formação dos espermatozoides nos túbulos seminíferos, eles são encaminhados ao epidídimo através de ductos deferentes. No epidídimo eles ganham mobilidade e ficam armazenados até serem eliminados na ejaculação.
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