Há muito mais entre "solteiro" e "namorando" do que sonha nossa vã filosofia. Crushs, peguetes, bofes, rolos, boys, minas... e muitos, mas muitos, contatinhos.
Mas o que configura um contatinho? Já viu esse termo por aí nas redes sociais?
Sabe aquele "oi, sumida" que você recebe em um domingo à noite? Aquele "bom dia, meu anjo" que você manda no caminho para o trabalho depois de rolar as conversas no celular? Aquelas trocas de mensagem com pouco conteúdo, que ficam dias sem resposta, mas nunca acabam? Então... todos somos e temos contatinhos.
Expressão genuinamente brasileira da era do WhatsApp, 'contatinho' é mais uma modalidade moderna de se relacionar. É aquela pessoa que você procura quando está de bobeira, que te ocupa enquanto você não conquista o desejado "crush" —este, sim, é por quem seu coração bate mais forte.
Com os contatinhos a gente mantém o papo vivo para ter uma gama de opções em um momento de necessidade —para sair em um dia de ócio ou carência, "desenferrujar" após um tempo sem namorados ou namoradas, ou dar aquela massageada no ego e elevada na autoestima.
Ia postar "Ninguém me quer "mais aí lembrei que tem vários contatinhos me querendo ....
? Aninha (@PoxahAlves) September 10, 2016
Contatinho fica "em banho maria", contatinho você pega e não se apega, contatinho pode nem chegar à parte física, apenas em um jogo de sedução virtual. Tem aquele do trabalho, da faculdade, amigo de amigo, ou até dos aplicativos de relacionamento ou redes sociais.
Contatinho está sempre disponível, contatinho você pode ter vários ao mesmo tempo, contatinho é só para se divertir. Com o crush você talvez queira algo mais sério —raramente, um contatinho vira um crush.
Contatinho é para curtir enquanto não chega o dia de ter o crush do seu lado. O termo já virou até música de Anitta e Leo Santana.
Há até algumas táticas para manter esse tipo de relação, como sempre mandar mensagens positivas ("saudades, lindona!"), se abrir sobre algum assunto mais pessoal ou familiar, demonstrar preocupação com o trabalho ou os estudos do outro.
E aí, quantos contatinhos tem na sua agenda?
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Um anjo é uma criatura espiritual que habita no céu e tem a função de mensageiro entre Deus e os seres humanos. A palavra anjo tem origem no termo grego ággelos que significa mensageiro, e são seres celestiais criados por Deus para serem mensageiros. Não têm vontade própria, ou seja, não têm livre arbítrio como o
Homem, e são criados com o objetivo único de dar glória e cumprir a vontade de Deus. De acordo com a angelologia, os seres angelicais são: serafins, querubins, tronos, dominações, virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos. São Tomás de Aquino dividiu os seres celestiais em três esferas. A primeira é constituída por serafins, querubins e tronos. Fazem parte da segunda esfera os domínios, virtudes e potestades. A terceira esfera é composta com arcanjos e anjos. Lúcifer era um
anjo de luz, que se revoltou contra Deus. Ele e os seus seguidores foram expulsos do céu e se converteram em Satánas e demônios.O que é um Anjo:
A adoração aos anjos (angelodulia) é uma prática comum na Igreja Católica e Ortodoxa, mas é rejeitada pelo judaísmo e protestantismo. Apesar disso, vários elementos da Igreja Católica afirmam que não adoram anjos e santos, apenas veneram.
No contexto das artes, os anjos foram representados com a forma humana e com asas, para lhe dar um aspecto menos terreno e mais sobrenatural. Muitos anjos são representados como crianças.
Quando usada em sentido figurado, a palavra anjo pode descrever uma pessoa muito boa, inocente ou com muitas qualidades. Ex: Ele é um anjo, seria incapaz de machucar outra pessoa.
A expressão anjo da guarda descreve um anjo que exerce a função de protetor de alguém. A doutrina católica baseada na passagem em Mateus 18:10 afirma que um anjo da guarda é um anjo que acompanha cada pessoa, principalmente depois do batismo.
Colunista do Observador
É muito mais fácil chamar uma mulher pelo nome. Ou de você. Ou de tu. Ou de senhora. Reserve seus tratamentos “carinhosos” para quem esteja com alguma vontade de recebê-los.
Não conheço muitas mulheres que tenham vocação para ser anjo. Nem muitos homens, na verdade. Acho que só os anjos têm vocação para ser anjo. Ainda assim, alguns não têm uma performance muito boa, sobretudo na área dos anjos da guarda, que têm deixado muito a desejar no século XXI.
Vez ou outra as nossas mães ainda nos chamam de meu anjo. Não é frequente, talvez nossa cara já tenha mudado demais, mas às vezes ainda acontece. Ocorre que os únicos que têm permissão para isso seguem sendo elas, nossos avós e nossos pais- que raramente o fazem- melhor assim.
Na mesma linha do “meu anjo” temos também o “meu bem” e a “minha linda”. “Minha querida” e “minha filha” não ficam muito atrás. Todas essas formas de tratamento têm o péssimo hábito de nos aparecer em momentos inoportunos, vindos da boca de pessoas com quem não temos nenhuma tipo de relação que autorize esse tipo de discurso.
A questão é: só chame de seu bem, de sua linda, de sua querida ou de sua filha aquelas mulheres que sejam efetivamente o seu bem, a sua linda, a sua querida e a sua filha. As outras não, porque elas não o são e provavelmente não o querem ser. É uma lógica bastante simples.
Acredito que homem nenhum saiba qual é a sensação de estar trabalhando, de estar dando seu melhor como advogada, médica, camareira, enfermeira, chef de cozinha, economista, garçonete, motorista, engenheira, escritora, vendedora e ser rebaixada a meu anjo- com todo o respeito que os anjos merecem.
Nós ouvimos “meu anjo” no mestrado, do colega que julga, naturalmente, saber muito mais do que uma mulher. Ouvimos “meu anjo” do manobrista na garagem, com medo que não saibamos estacionar nosso carro na vaga sem arrancar o retrovisor do vizinho. Escutamos “meu anjo” quando lidamos com clientes que não sabem- ou pior, que sabem- o quão agressiva essa forma carinhosa de tratamento pode ser.
Voltamos, mais uma vez, ao famoso machismo carinhoso. Que, por se considerar inofensivo, bem humorado ou quase afetuoso, ultrapassa serenamente as linhas da cordialidade, passando a criar um desconforto absolutamente evidente para as mulheres que se veem nessas condições.
É muito mais fácil chamar uma mulher pelo nome. Ou de você. Ou de tu. Ou de senhora. Seja o que for, chamá-la daquilo que é normal e minimamente aceitável, sem querer criar a sensação de uma proximidade não autorizada. Reserve seus tratamentos “carinhosos” para quem esteja com alguma vontade de recebe-los. E garanto que essas pessoas não são mulheres desconhecidas, sobretudo aquelas que estão nos seus postos de trabalho.
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