O que pode ser usado além do triângulo para sinalizar o local do acidente?

Acidentes em ruas e estradas impedem ou dificultam a passagem normal dos outros veículos, o que aumenta o risco de novas situações de perigo, como novos acidentes ou atropelamentos. Por isso, é importante agir de forma rápida e adequada Algumas regras são fundamentais.

A sinalização deve começar de um ponto em que os outros motoristas ainda não possam ver o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar. A sinalização deve ser feitas nos dois sentidos (ida e volta), nos casos em que o acidente interferir no tráfego das duas mãos de direção.

Não é apenas a sinalização que deve começar bem antes do acidente. Havendo possibilidade, todo o trecho deve ser demarcado, indicando quando desvio de direção. Se não for possível, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a sinalização e os desvios.

As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no espaço necessário para o veículo parar após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista. O espaço deve ser medido por um adulto, obedecendo o seguinte critério para pistas secas (em caso de pista molhada, com neblina, fumça ou à noite, o número de passos dever dobrado):

- Vias locais com velocidade máxima de 40 km/h: 40 passos para o início da sinalização

- Avenidas com velocidade máxima de 60 km/h: 60 passos para o início da sinalização

- Vias de fluxo rápido com velocidade máxima de 80 mk/h: 80 passos para o início da sinalização

- Rodovias com velocidade máxima de 100 kim/h: 100 passos para o início da sinalização

Também é importante manter o tráfego fluindo por duas razões. Um congestionamento que surge repentinamente pode provocar novas colisões. Além disso, com o trânsito parado, o socorro vai demorar mais a chegar. É importante colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez e não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

Aconteceu um acidente, e o que já é ruim, pode piorar. Nessas horas, demorar para sinalizar o local de forma adequada, ou não o fazer, pode provocar outras situações de perigo, como novos acidentes ou atropelamentos.

            Existem muitos objetos fabricados especialmente para a sinalização, mas, na maioria das vezes, os condutores têm apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um item obrigatório. Em Belém, segundo o Detran PA, é comum ver veículos parados sinalizados com galhos de árvores e pedaços de madeiras. Apesar de não existir lei que proíba essa conduta, muitos motoristas não sabem que isto ainda pode resultar em infração, caso os galhos e madeiras não estejam devidamente acompanhados do uso do triângulo de segurança e do pisca-alerta.

            De acordo com o artigo 225 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os condutores que não utilizarem essas medidas corretamente podem ser penalizados com multa grave, além de somar 5 pontos na carteira. O Departamento de Trânsito do Pará orienta que, além das luzes de segurança, popularmente conhecidas como pisca-alerta, o triângulo de segurança deve ser posicionado a uma distância de no mínimo 30 metros do local do acidente ou de onde o veículo está parado. Outra orientação que ajuda a manter o local do acidente mais seguro é dobrar essa distância em caso de chuva, neblina ou cerração.

            A regra serve também para o motorista que sofre uma pane no carro: deve acionar imediatamente o pisca-alerta e, caso haja a possibilidade, mover o veículo até o acostamento para deixar a via livre, conforme prevê o artigo 181, VII do CTB. Ao parar no acostamento é importante evitar ficar em uma curva, lombada ou locais perigosos, pois podem ser grandes fatores de risco e gerar mais vítimas.

Sinalização serve para antecipar ação de outros motoristas

            É importante lembrar que a sinalização deve ser feita de maneira a propiciar visualização antecipada do acidente nos dois sentidos (ida e volta), nos casos em que a situação interferir no tráfego das duas mãos de direção. “Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os condutores e pedestres antes que eles percebam o acidente, assim, dará tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar”, orienta Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons.

51 dentes ou atropelamentos), se você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada. Algumas regras são fundamentais para você fazer a sinalização do acidente: Demarque todo o desvio do tráfego até o acidente Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção. Se isso não puder ser feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a sinalização e os desvios. Mantenha o tráfego fluindo Outro objetivo importante na sinalização é manter a fluidez do tráfego, isto é, apesar do afunilamento provocado pelo acidente, deve sempre ser mantida uma via segura para os veículos passarem. Faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões. Além disso, não se esqueça de que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão demorar mais a chegar. Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências: Mantenha, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir; Coloque pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez; Não permita que curiosos parem na via destinada ao tráfego; Sinalize no local do acidente. Que materiais podem ser utilizados na sinalização? Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas, na hora do acidente, você provavelmente terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos itens obri- gatórios de todos os veículos. Use o seu triângulo e os dos motoristas que estiverem no local. Não se preocupe, pois com a chegada das viaturas de socorro os triângulos poderão ser subs- tituídos por equipamentos mais adequados e devolvidos a seus donos. Outros itens que forem encontrados nas imediações também podem ser usados, como galhos de árvore, cavaletes de obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecido, plásticos etc. À noite ou sob neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos. Lanternas, pisca- -alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados. O importante é lembrar que tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode oferecer risco, transformando-se em verdadeira armadilha para os passantes e outros motoristas. O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao se colo- car pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados: Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno; As pessoas devem ficar na lateral da pista, sempre de frente para o fluxo dos veículos; Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas; Prestar muita atenção e estar sempre preparadas para o caso de surgir algum veículo desgovernado; As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso. Elas têm que ser vistas de longe, pelos motoristas.

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