O que o governo pode desenvolver para melhorar as condições de vida dos idosos?

Como garantir o bem-estar do idoso? Com o avanço da expectativa de vida da população, o debate sobre como preservar e estimular a qualidade de vida do indivíduo idoso é cada vez mais necessário. Investir em melhorias na saúde física e emocional dessa população torna-se fundamental para que o envelhecimento aconteça de forma ativa.

A expectativa de vida no Brasil segue aumentando através de avanços na medicina, renda, escolaridade, entre outros fatores. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, a expectativa de vida do brasileiro passará de 74,9 para 81,2 anos em 2050.

Em contrapartida, ainda existe um significativo atraso nas ações que promovem o bem-estar do idoso. Para ilustrar, um relatório do Global Age Watch 2014, que analisa a qualidade de vida para idosos em diferentes países, mostra que o Brasil ocupa a 58ª posição em um ranking de 96 nações. O documento considera fatores como expectativa de vida, bem-estar psicológico, renda, transporte e segurança.

O documento Envelhecimento Ativo – Uma Política de Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OMS), traz à tona o debate sobre o objetivo deste envelhecimento. De acordo com a organização, ele busca “aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados.”

Confira alguns fatores determinantes para o bem-estar do idoso:

O que o governo pode desenvolver para melhorar as condições de vida dos idosos?
  • Comportamental: a adoção de estilos de vida saudáveis e o cuidado com a própria saúde são comportamentos que devem ser estimulados em todas as fases da vida. Não só na terceira idade, mas em todas as fases da vida. Exercícios físicos, alimentação adequada e o uso de medicamentos de forma sábia aumentam a longevidade e a qualidade de vida.
  • Pessoal: o fator genético de cada indivíduo pode ser responsável pelo aparecimento de muitas doenças ao longo da vida que afetam no envelhecimento ativo. Por outro lado, a inteligência e a capacidade cognitiva também são indícios de envelhecimento ativo e longevidade. O declínio do funcionamento cognitivo é provocado pelo desuso, doenças, consumo de álcool e medicamentos, fatores psicológicos e sociais, mais do que o envelhecimento em si.
  • Físico: fatores como moradia segura, ambiente adaptado para evitar quedas, acesso à saneamento, água e alimentos limpos são fundamentais para a promoção do envelhecimento ativo com segurança.
  • Social: Apoio social, oportunidades de educação e aprendizagem permanente e proteção contra a violência e maus-tratos são fatores do ambiente social que estimulam a saúde, participação e segurança do indivíduo.

Em conclusão, pensar em serviços sociais, políticas e ações que estimulem esses fatores voltados para a população idosa exige um esforço de diferentes setores da sociedade: governo, instituições e sociedade. Como mencionamos no post especial sobre o Dia do Idoso, zelar pelos direitos das pessoas idosas significa promover políticas públicas que levam em conta as necessidades dos mais velhos; garantir a não discriminação no ambiente de trabalho; lutar contra os abusos físicos, verbais e psicológicos; contra a negligência e o abandono por parte da família; a exclusão social e o isolamento.

Nós, da Gero360, trabalhamos diariamente para conectar pessoas para uma vida mais longa e significativa. Conheça mais sobre o nosso trabalho aqui.

Fonte:

Envelhecimento Ativo: uma política de saúde (OMS) – http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf

A Pessoa Idosa no Brasil

No Brasil, há um número cada vez maior de pessoas idosas (com 60 anos ou mais de idade). São cidadãos usuários dos serviços sociais, de saúde, de proteção e que precisam ter os seus direitos garantidos. A menor mortalidade de pessoas em todas as idades e a diminuição de nascimentos resultam em um aumento não só no número absoluto de idosos como também na proporção deste grupo em relação à população brasileira.

Informações publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o aumento da população idosa tem mudado o formato da pirâmide etária em relação ao ano de 1980. Esta mudança será ainda mais significativa em 2060, quando aproximadamente 1/3 da população brasileira será de pessoas idosas, conforme ilustrado abaixo.

O que o governo pode desenvolver para melhorar as condições de vida dos idosos?

A partir dos dados do Censo de 2010, o IBGE estimou um incremento médio de mais de 1 milhão de pessoas idosas a cada ano, nos 10 anos seguintes.

O avanço dos números ultrapassou a previsão do IBGE, uma vez que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) de 2017 aponta que 14,6% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 30,3 milhões de pessoas.

Censo 2010
População total: 190,7 milhões
População idosa: 20,6 milhões
% de população idosa: 10,8%

PNAD 2017
População total: 207,1 milhões
População idosa: 30,3 milhões
% de população idosa: 14,6%

Promover o envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável da população brasileira, por meio da oferta de ambientes e serviços mais amigáveis às pessoas idosas, é uma estratégia inovadora e necessária para o enfrentamento dos desafios do envelhecimento populacional. Com este espírito foi instituída a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, por meio do Decreto nº 9.328, de 3 de abril de 2018.

Por que criar a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa?

Bisavós, avós e pais idosos vêm nos mostrando que o processo de envelhecimento cria uma situação especial na vida humana. Há muitas recomendações individuais sobre como envelhecer com qualidade, mas o que pode ser feito coletivamente? Como o governo pode contribuir? O que a sociedade pode fazer?

  • Governo federal

Propõe a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa como um caminho para o envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável para as pessoas idosas.

  • Estados

Participam sensibilizando, mobilizando e capacitando os municípios na estratégia, assim como fazendo o monitoramento e identificando os municípios habilitados ao reconhecimento, de acordo com sua evolução.

  • Municípios e Distrito Federal

São responsáveis pela execução das ações que buscam transformar a realidade local. Os municípios contam com o apoio dos Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa Idosa e das entidades da sociedade civil que desejarem participar.

  • População-alvo

O foco da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa é a população idosa vulnerável e, complementarmente, todas as pessoas idosas. É importante ressaltar que o número de pessoas idosas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal já ultrapassa os 6 milhões - em um contexto de 26,9 milhões de famílias inscritas.

  • Destaque

A estratégia afirma o compromisso com a efetividade do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003), que tem como objetivo garantir os direitos das pessoas idosas em todos os setores, propondo políticas públicas para as especificidades da população idosa e penalidades para as violações de direitos.

Diretrizes

  • Centralidade e protagonismo das pessoas idosas ao longo da Estratégia.
  • Envolvimento de unidades locais de assistência social, saúde, direitos humanos.
  • Atuação conjunta de setores governamentais e instituições privadas na abordagem do envelhecimento e da pessoa idosa.
  • Alinhamento ao conceito de desenvolvimento humano contido no Relatório Global sobre Desenvolvimento Humano de 2016 (PNUD).
  • Observância das dimensões de avaliação de comunidades e cidades da metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • Execução municipal orientada pelo Governo Federal e avaliada pelos Estados.
  • Coordenação e avaliação da Estratégia, nos Estados e no Distrito Federal, pelas Secretarias de Estado de Assistência Social ou equivalentes.
  • Participação dos Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa Idosa, inclusive em validações.
  • Reconhecimento da adesão e execução da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa pela concessão de um certificado contendo selos indicativos das fases cumpridas.

Resultados esperados

Espera-se que a implementação da estratégia impulsione:

- oferta de oportunidades para a convivência das pessoas idosas com pessoas de diferentes idades, como forma de evitar o isolamento social;
- ambientes físicos e relacionais mais favoráveis ao envelhecimento, livres de barreiras arquitetônicas e urbanísticas e de discriminação por idade;
- cuidado nos casos de perda de autonomia e de dependência – cuidado familiar e social;
- adiamento da chegada de fragilidades e de doenças crônicas, alcançado por ações de promoção da saúde e do bem-estar;
- redução de vulnerabilidades e de desigualdades sociais (possível superação);
- combate ao abuso financeiro, psicológico ou físico e à violência contra a pessoa idosa.

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[1] BRASIL. Mudança Demográfica no Brasil no Início do Século XXI – Subsídios para as Projeções da População. IBGE, 2015.

[2] Fonte: Relatório de Programas e Ações do MC (dezembro de 2018) e TABCAD (novembro 2018).

O que o governo pode fazer para melhorar a qualidade de vida do idoso?

O QUE PODEMOS FAZER PARA MELHORAR A VIDA DOS IDOSOS?.
Melhoria na alimentação. ... .
Estimular o convívio social. ... .
Realização de atividades prazerosas. ... .
Estimular a religiosidade. ... .
Estimular atividades intelectuais..

O que o governo pode oferecer para os idosos?

· Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada; · A família, a sociedade e o poder público, devem garantir ao idoso acesso aos bens culturais, participação e integração na comunidade; ·Idoso tem direito de viver preferencialmente junto a família; · Idoso deve ter liberdade e autonomia.