Quando a gravidez entra na reta final é natural que a futura mamãe comece a contar os dias para ver o rostinho do bebê que se desenvolveu na barriga dela nos últimos nove meses. Junto a essa ansiedade natural, é preciso pensar em questões práticas, como os derradeiros detalhes do quarto do bebê, terminar de montar o enxoval e, claro, deixar a bolsa de maternidade pronta para o grande dia.
Esse item é fundamental para o dia do parto, já que quando as primeiras contrações surgirem não haverá muito tempo para se preparar para o hospital - é aí que começa a corrida rumo ao nascimento. Por isso, o ideal é já deixar tudo separado com algumas semanas de folga em relação 'a data estimada do parto.
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Entenda abaixo o que levar na bolsa da mãe e do bebê.
O que levar na bolsa de maternidade da mãe
Camila Couto Gomes, enfermeira obstetra da rede parceira Care Plus, ensina que ao pensar nos preparativos para o nascimento do bebê o ideal é deixar tudo pronto quando a mulher entrar na 36ª semana de gestação. Para a bolsa da mãe, ela recomenda que sejam incluídos os seguinte itens:
- três pijamas ou camisolas da escolha da gestante e que sejam confortáveis;
- cinco calcinhas de cintura alta;
- dois sutiãs de amamentação;
- um par de chinelos.
- escova de dentes
- creme dental
- absorventes
Pode parecer que a quantidade de roupas de dormir sugeridas na lista é um tanto quanto exagerada, mas Gomes explica que esse número é necessário porque, fora o trabalho de parto, a mulher deverá permanecer na maternidade por ao menos dois dias depois de dar à luz. "As mães só recebem alta em muitos hospitais após o teste do pezinho ser realizado no recém-nascido. O exame só pode ser colhido quando o bebê tiver a partir de 48 horas de vida", esclarece.
É importante destacar que após o parto há um sangramento intenso que pode durar até cinco semanas depois do nascimento do bebê. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a perda de sangue que ocorre após o parto não é menstruação, já que não há ovulação. Quando dá à luz a mulher perde também muco e restos de tecidos do útero. O nome científico desse processo é lóquios e pode durar até cinco semanas. Por isso, a necessidade do uso de absorventes no pós-parto - o indicativo é levar itens de higiene pessoal em geral para o hospital.
Enfermeira obstetra e sócia-fundadora da Afeto Educação em Saúde, Daniela Tieko Ohnishi aconselha as mães que possam investir um pouco mais a comprarem calcinhas próprias para incontinência urinária, que são descartáveis. Ela conta que indica a peça para o pós-parto e também para antes do bebê nascer, caso a mãe queira ter o filho via normal ou natural.
"Após a ruptura da bolsa, vai ter vazamento de líquido até a mulher chegar ao hospital e essa calcinha ajuda muito nisso. Ela vai bem também depois do parto devido ao aumento substancial do fluxo de sangramento vaginal", pontua.
Outra dica de Gomes é acrescentar uma roupa para a saída da mãe da maternidade porque algumas gestantes, principalmente na rede pública, entregam a roupa para marido, colocam a camisola e, na hora da alta, não têm o que vestir.
O que levar na bolsa de maternidade do bebê
Ohnishi usa o mesmo critério para a mala do bebê e para a mala da mãe: praticidade. Ela argumenta que, cada vez mais, as mulheres estão priorizando malas mais práticas, como aquelas que têm formato de mochila, contam com diversos compartimentos e que, apesar de serem bastante espaçosas, não fazem volume.
"Pensando no uso posterior, as malas de alça são difíceis de carregar se a mãe estiver sozinha. Imagine a cena: mala no ombro, criança no colo e empurrando o carrinho. Acho a mochila bem mais prática", defende.
Em relação às roupinhas que devem ser levadas à maternidade, as especialistas recomendam o seguinte:
- macacão,
- calça com pés
- seis bodies de mangas compridas
- três mantas de malha ou flanela;
- um pacote de fraldas descartáveis,
- um cobertor intermediário mais quentinho;
- um par de luvas;
- cinco fraldas de boca;
- três pares de meia;
- lixa de unha
- sabonete líquido próprio para bebês.
Outra dica serve para as mães que querem evitar que as pessoas que segurem o bebê acabem encostando o recém-nascido diretamente no próprio corpo. Para isso, basta Incluir em sua bolsa duas fraldas grandes e pedir para quem pegar usá-la como um tipo de proteção para que o bebê não tenha contato direto com a pele ou vestimenta da pessoa.
Para os pais que têm carro, Ohnishi aconselha a deixar o bebê conforto já encaixado no banco traseiro, "Prefiro o item cujo modelo tenha a base instalada no carro, porque aí você só acopla e facilita quando estiver com a criança nele: é só encaixar", ensina.
Uma dúvida comum entre as mães é se os itens da bolsa do bebê são os mesmo se ele nascer no inverno ou no verão. Para Gomes, isso depende da região do nascimento.
"Em regiões muito quentes como o Nordeste, especialmente nos dias mais quentes, pode ser indicado o uso de bodies de manga curta. Porém, como o recém-nascido pode perder temperatura corporal nas primeiras 24 horas de vida, geralmente o mantemos mais aquecido", afirma.