O que foi a partilha da África e quais foram as suas consequências?

Com as transformações políticas da primeira metade do século XIX, que culminaram na formação de Estados nacionalistas, como o francês, o italiano e o alemão, as nações europeias passaram a acelerar o seu processo de industrialização. A isso se seguiu a formação do chamado Imperialismo, isto é, a integração entre o capitalismo industrial e o capitalismo financeiro (bancos, bolsas de valores etc.), que, por sua vez, exigia uma enorme demanda por matéria-prima, mercado consumidor e mão de obra. Foi nesse contexto que ocorreram o fenômeno do Neocolonialismo e a consequente Partilha da África.

O neocolonialismo representou uma nova forma de colonização europeia. Você deve lembrar-se de que, com o descobrimento da América, no século XV, houve a subsequente colonização no século XVI. Essa colonização foi operada principalmente pelos países ibéricos, tendo durado até o início do século XIX. O Neocolonialismo, por sua vez, referia-se à colonização dos continentes africano e asiático operada por países como França, Itália, Bélgica e Inglaterra a partir da segunda metade do século XIX. Por isso é usado o prefixo “neo”, que significa “novo” (novo colonialismo).

O evento que se tornou símbolo dessa nova colonização foi a Conferência de Berlim, realizada na capital alemã entre os anos de 1884 e 1885. Nessa conferência, reuniram-se representantes da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Portugal e Espanha. A ideia dessa reunião para a “partilha” do continente africano entre as potências europeias partiu do líder da Unificação Alemã, Otto Von Bismarck.

O objetivo político que a Alemanha tinha em vista ao estabelecer a partilha era uma solução pacífica e “amigável” para a disputa por territórios entre os países europeus. Esses territórios da África e da Ásia eram cobiçados pelas nações europeias desde a queda do império napoleônico e as resoluções do Congresso de Viena em 1815.

Um caso notório desse processo de partilha foi o do Congo Belga, que se tornou uma propriedade pessoal do rei da Bélgica, Leopoldo II, ao contrário de outros países africanos, que foram anexados aos impérios europeus. O continente africano foi dividido da forma mais arbitrária possível, gerando inúmeras guerras tribais.

O processo de descolonização da África só ocorreu na segunda metade do século XX, não sem passar por guerras civis que até hoje perduram no continente.

* Créditos da imagem: Commons


Por Me. Cláudio Fernandes

Quais foram as consequências da Partilha da África para os povos desse continente?

Resposta: As consequências da partilha da África para os grupos étnicos que habitavam o continente há séculos, foram a instabilidade política e as guerras civis que ocorreram em diversos países africanos ao longo dos anos.

Quais as consequências atuais da Partilha da África?

Prejuízos com a partilha de África A Conferência de Berlin se intensificou e com isso as potências enviaram expedições secretas e militares, com a finalidade de travar contato com os chefes locais e forçá-los com violência ao seu domínio. Com isso, várias regiões da África chegaram a ser exterminadas por completo.

O que foi o processo da Partilha da África?

A Partilha da África é o nome pelo qual ficou conhecida a divisão do continente africano durante o século XIX e que finalizou com a Conferência de Berlim (1884-1885).

Quais são as principais consequências dos conflitos na África?

As principais consequências desses conflitos são diversidades étnicas e religiosas, enfraquecimento dos governos dos Estados, empobrecimento das populações imersas em crises humanitárias, crises econômicas, milhares de pessoas mortas e má assistência à população.

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