O que existe no interior de um balão de ar quente?

Balão de ar quente – como “funciona”?

Suponho que a questão acima seja fácil de responder para muitos: “O ar quente sobe, isto é, é mais leve que o restante ar que está à temperatura ambiente; daí que nos incêndios se recomende a andar junto ao chão, porque o fumo, que está quente, sobe, e junto ao chão poder-se-á encontrar oxigénio.” E porquê? Que efeito tem a temperatura no ar? A resposta a esta questão não só é válida para o ar, como para todos os gases, líquidos e sólidos, ou seja, basicamente para tudo. Maior temperatura leva a que, normalmente, “tudo” expanda. Esta expansão significa que o mesmo “objecto” (com “objecto” refiro-me a sólidos, líquidos e gases), com o mesmo peso, passa a ocupar um maior volume, portanto a densidade diminui (que é a razão entre a massa e o volume de um objecto). Portanto, o que foi dito anteriormente de o ar quente ser mais leve que o ar frio, não é exactamente verdade – o peso é o mesmo, a diferença é que a dada quantidade de ar quente ocupa uma maior espaço que a mesma quantidade de ar frio. Assim, o que acontece para um balão se manter “lá em cima” não é mais que um fenómeno semelhante ao de se ter um pedaço de madeira a flutuar na água.

Talvez alguns se estejam a questionar: “Mas então, porque é que os balões não continuam a subir até sair da atmosfera?” Acontece que subir o primeiro quilómetro é mais fácil que subir o segundo, e o segundo mais fácil que o terceiro… Quanto mais se sobe, mais rarefeito é o ar (daí que quem não está habituado ao “ar da montanha”, tenha dificuldades em respirar, pois existe menos ar por uma dada unidade de volume, em comparação com o “ar ao nível do mar”), ou seja, menos denso é o ar, e como tal, mais se terá que aquecer o ar do balão para conseguir voar mais para cima. (Claro que nesta “história”, não nos podemos esquecer da gravidade – ver figura seguinte, que é a força que está a ser vencida quando existe uma diferença significativa de densidades – uma diferença mínima não chega, pois não nos podemos esquecer que o balão tem que “puxar” o cesto e os pesos que tiver dentro).

Como podem ver na imagem, a gravidade puxa o balão para baixo, mas a diferença de densidades entre o ar dentro e o ar fora do balão gera uma pressão que faz o balão subir. Quando o balão está “parado” a uma dada altitude, é porque as duas “forças” têm a mesma magnitude (mas sentidos opostos).

 Antes disse: “Maior temperatura leva a que, normalmente, “tudo” expanda.” Conhecem algum contra-exemplo, que justifique o uso da palavra “normalmente”? Claro que sim: o gelo. Como sabem, o gelo é água a uma temperatura inferior a 0º C, no entanto, o gelo flutua em água líquida, ou seja, ainda que o gelo esteja a menor temperatura, é menos denso que a água, ou seja, ocupa um maior volume (por isso é que se colocarem uma garrafa cheia com água no congelador, a garrafa irá rebentar). Notar que isto só ocorre da passagem do gelo para a água! Obviamente que o vapor de água é menos denso que a água líquida.

O gelo flutua na água. Esta é uma propriedade bastante particular da água, e uma das que torna esta substância tão especial. Se a água não tivesse esta propriedade, é possível que não existisse vida (pelo menos, não da forma como a conhecemos)!

Surge então a questão: “Porque é que certos materiais, em certas condições, expandem com o aumentar da temperatura, mas outros não?”

Para responder a esta questão é necessário compreender que tudo o que vemos é constituído por pequenas partículas microscópicas, as quais se organizam a um nível bastante elementar. O efeito da temperatura nestas partículas tem o papel de agitação, isto é, quanto maior a temperatura, maior a velocidade com que as partículas se movimentam. Assim, considerando novamente o exemplo do balão de ar quente, ao se aquecer o ar, faz-se com que as partículas que constituem o ar passem a movimentar-se mais depressa, “querendo”, por isso, ocupar um maior volume. Imaginem um carro a andar aos círculos – quanto maior for a sua velocidade, necessariamente maior será o espaço que ele precisa para conseguir fazer os círculos (talvez a comparação não seja a melhor, mas tentem vocês mesmos imaginar as partículas a andarem a maior velocidade). Formalmente, em Física, considera-se que a pressão que um gás gera é uma medida directa do número de choques que as partículas do gás fazem com as paredes do recipiente (do balão, por exemplo), assim, se têm maior velocidade, irão percorrer o interior do balão mais depressa, e portanto batem mais vezes nas “paredes interiores” do balão, fazendo com que este expanda – o que é o mesmo que dizer que o próprio ar expandiu, e por isso passou a ocupar um maior volume.

No caso do gelo, este ocupa um maior volume que a água líquida, porque, apesar de as partículas (moléculas de H2O) se moverem menos no gelo, elas adquirem uma estrutura muito “espaçosa” perfazendo uma densidade menor que a da água líquida. O gelo é uma excepção, pois a regra é que uma substância no estado sólido adquira uma estrutura muito compacta (mais compacta que a de estado líquido, onde a liberdade de movimento das partículas é maior).

Marinho Lopes

O que tem dentro de um balão de ar quente?

Construção.
Envelope. Os balões de ar quente, na actualidade, fazem uso de materiais como o nylon ou politereftalato de etileno (um poliéster). ... .
Cesto. O cesto de um balão de ar quente durante um voo. ... .
Queimador. Um queimador com a chama direccionada para dentro do envelope..

O que tem no interior de balões?

No interior do balão se encontra ar quente que se e originado com o aquecimento do ar no interior do balão pois, o ar quente tende a subir assim com uma concentração muito elevado desse ar quente ou ou de baixa densidade o mesmo pode subir.

Como funciona o balão de ar quente?

O controle do balão é feito através da manipulação de sua temperatura interna. Essa temperatura interna é regulada pelo maçarico. O balão só permite o controle vertical de subida e descida, o deslocamento horizontal é dado pelo direção do vento.

Porque o balão de ar quente sobe?

Quando enchidos com gases de menor densidade em relação ao meio em que se encontram, esses balões flutuam. Assim, quando os balões estão preenchidos com gás hélio, eles flutuam, porque a densidade deste gás é inferior à densidade do ar que respiramos.

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