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BMW Isetta at the IAA 2009. O Isetta foi um dos microcarros produzido nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Embora o desenho seja originário da Itália, construíram-se noutros países como Espanha, Bélgica, França, Brasil, Alemanha e Reino Unido.[2][3] Em 9 de abril de 1953, a empresa italiana Iso Automotoveicoli, fabricante de motocicletas e triciclos comerciais, apresentou no salão de Turim um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, que consistia em um automóvel de baixo custo, voltado para a realidade da economia do pós-guerra italiano. Projetado pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi, possuía características peculiares, como porta frontal para facilitar o acesso ao interior do veículo, pequenas dimensões, boa dirigibilidade e performance suficiente para a época (máxima de 85 km/h) com um consumo de até 25 km com apenas um litro de gasolina. Apesar dos evidentes dotes de racionalidade e economia, sua vida na Itália teve curta duração e sua fabricação encerrou-se em 1956.[4] Características técnicas[editar | editar código-fonte]Quatro vistas de uma Iso Isetta, muito semelhante ao modelo produzido no Brasil. As características apresentadas correspondem ao modelo Romi Isetta 300 de Luxe, fabricado entre 1959 e 1961, equipado com um motor de quatro tempos fabricado pela BMW.[5] Motor[editar | editar código-fonte]BMW, ciclo de quatro tempos, resfriado por turbo ventilador, um cilindro com 72mm de diâmetro e 73mm de curso, 298 cm³ (300 cc), taxa de compressão de 7:1, potência de 13 hp a 5200 rpm. Bloco e cabeçote construídos em alumínio fundido. Cabeçote com câmara de combustão hemisférica, válvulas em "V" e fluxo cruzado entre admissão / escapamento (cross-flow).[6][7] Chassi[editar | editar código-fonte]
Lubrificantes[editar | editar código-fonte]Óleo de motor SAE 30, para o motor; óleo de motor SAE 40, para a caixa de câmbio. Instalação e equipamentos elétricos[editar | editar código-fonte]Dínamo de 130W, com regulagem de tensão; vela Bosch W 240T 1. Dimensões e pesos[editar | editar código-fonte]
O tanque de combustível tem capacidade para aproximadamente 13 litros, incluindo cerca de 3 litros para reserva. A caixa de câmbio tem capacidade para 1,75 litros. Desempenho[editar | editar código-fonte]
BMW Isetta[editar | editar código-fonte]Em 1955, a ISO concedeu licença ao fabricante bávaro BMW para a fabricação do BMW-Isetta na Alemanha, cuja empresa adotou um motor monocilíndrico de produção própria, de 243cc, para equipar o veículo.[7][8] A produção do BMW Isetta iniciou-se no mesmo ano.[7] Em 1957, a BMW lança o BMW 600, baseado no Isetta mas com maiores dimensões, motor traseiro de 2 cilindros e capacidade para quatro passageiros.[7][9] Em maio de 1962, a BMW encerrou a produção do BMW Isetta. Foram construídas 161 728 unidades.[7] Romi-Isetta[editar | editar código-fonte]Romi-Isetta, automóvel brasileiro, produzido pela empresa barbarense Romi. O Romi-Isetta foi um automóvel produzido no Brasil entre 1956 e 1961, pelas Indústrias Romi S.A., com sede em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo.[10] Em 1955, a Iso concedeu os direitos de produção do Isetta para a empresa brasileira Indústrias Romi S.A., fabricante de máquinas industriais e agrícolas fundada em 1930 pelo comendador Américo Emílio Romi e seu enteado Carlos Chiti, com sede em Santa Bárbara d'Oeste (São Paulo).[11] Em 28 de agosto de 1955, foi publicada a notícia no jornal Diário de São Paulo informando que as indústrias Romi produziriam o Romi-Isetta no país. Lançado em 5 de setembro de 1956, o Romi-Isetta, equipado com um motor de dois tempos e uma única porta frontal, se consistiu no primeiro automóvel de passeio de fato fabricado em território brasileiro.[11][12] A estratégia de publicidade adotada pelo fabricante visava a expor o modelo a diferentes públicos: de segundo carro para a família ao estudante universitário. Algumas peças publicitárias foram criadas visando o público feminino, como por exemplo o anúncio que exibia uma mulher saindo de uma gaiola para entrar em um Romi-Isetta, com os dizeres "agora sou livre".[13] Em 1959, o Romi-Isetta passou a ser equipado com um motor de quatro tempos de fabricação BMW.[5] Até 13 de abril de 1961, dia em que foi encerrada a produção no Brasil, haviam sido fabricadas cerca de três mil unidades em Santa Bárbara d'Oeste, muitas das quais ainda hoje permanecem nas mãos de colecionadores.[14] Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Isetta
O que é um romiseta?O Romi-Isetta é o carro mais exótico já fabricado no Brasil. O eixo traseiro é bem mais estreito que o dianteiro e ela aparenta ser ainda menor do que realmente é, com 2,27 metros de comprimento por 1,38 metro de largura. Entra-se nele literalmente pela frente.
Qual é o valor de uma Romiseta?Novo Romi-Isetta 2020 será elétrico e custará R$ 80 mil.
Qual a origem da romiseta?Em 9 de abril de 1953, a empresa ISO Automoveicoli-Spa, fabricante de pequenas motocicletas e triciclos comerciais, fundada pelo gênio Enzo Rivolta, apresentou no salão de Turin um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, (pequena ISO), do engenheiro chamado Preti.
Quantas rodas tem uma Romiseta?Impressa + Digital. Plano completo de QUATRO RODAS.
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