Livro 12 regras para a vida

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12 Regras para a Vida: um antídoto para o caos

Livro 12 regras para a vida

Autor(es) Jordan Peterson
Idioma Inglês (original)
Assunto Auto-ajuda, psicologia, filosofia
Lançamento 2018
Páginas 448
Cronologia

Livro 12 regras para a vida

Maps of Meaning
Além da Ordem

Livro 12 regras para a vida

12 Regras para a Vida: Um Antídoto para o Caos é um livro de auto-ajuda escrito pelo psicólogo clínico canadense Jordan Peterson. O livro oferece conselhos de vida por meio de ensaios sobre princípios éticos, psicológicos, filosóficos, mitológicos e religiosos, e também por meio de anedotas e histórias do autor (tanto pessoais como profissionais).

Foi escrito num estilo mais acessível do que o seu livro anterior, mais acadêmico, Maps of Meaning: The Architecture of Belief (1999).

O livro ficou no topo das listas de mais vendidos no Canadá, Estados Unidos e Reino Unido, e vendeu mais de três milhões de cópias. Peterson embarcou num tour mundial para promovê-lo, passando por mais de 160 cidades nos Estados Unidos da América, no Canadá, Europa, Australia e Nova Zelândia, atraindo uma audiência total de mais de 500,000 pessoas.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O livro foi criado a partir de um hobby de Peterson: responder a perguntas de utilizadores no site Quora. Uma dessas perguntas era: "Quais são as coisas mais valiosas que todos deveriam saber?". A resposta de Peterson[2] consistia em 42 regras, ou máximas.[3][4] Peterson afirmou que elas não foram escritas para outras pessoas, mas que eram um aviso para ele próprio.[5] Essas regras foram simplificadas e enxutas até restarem as 12 regras que compõem o livro.

O livro é dividido em capítulos, cada qual representando uma regra específica explicada em forma de ensaio. Tem por base a ideia de que o sofrimento está embutido na estrutura do ser, mas apesar de ele poder ser insuportável, as pessoas têm a possibilidade de retrair-se, o que seria um ato "suicida", ou enfrentá-lo e transcendê-lo.[6][3] Para Peterson, é melhor procurar sentido em vez de felicidade. Ele observa que "tudo bem pensar que o sentido da vida é a felicidade, mas o que acontece quando você está infeliz? A felicidade é um bom efeito colateral. Quando ela vem, aceite-a de bom grado. Mas ela é fugaz e imprevisível. Não é algo a ser visado – pois não é um objetivo. E se a felicidade é o propósito da vida, o que acontece se você está (ou é) infeliz? Então você é um fracasso."[5]

O livro prossegue então com a ideia de que as pessoas deveriam assumir responsabilidade para buscar sentido acima de seus próprios interesses, como o de ser feliz (a sétima regra, "busque o que é significativo, não o que é conveniente"). Tal modo de pensar é retratado em estórias contemporâneas, como a do Pinóquio, d'O Rei Leão e do Harry Potter, bem como em estórias antigas da Bíblia.[5]

Ficar de "costas eretas, ombros para trás" (primeira regra) significa "aceitar a terrível responsabilidade da vida", fazer auto-sacrifícios,[7] pois o indivíduo deve elevar-se acima da vitimização e "conduzir sua vida de tal modo que requeira a rejeição de gratificação imediata, tanto de desejos naturais quanto perversos.[8] A comparação com as estruturas neurológicas e com o comportamento de lagostas é usado como um exemplo natural da formação de hierarquias sociais.[9][10][11]

Recepção e críticas[editar | editar código-fonte]

Hari Kunzru, do The Guardian, disse que os ensaios sobre cada uma das regras são explicados em um estilo demasiado complicado. Kunzru descreveu Peterson como sincero, mas achou o livro irritante por considerar que Peterson falhou em aderir às próprias regras.[12] Tim Lott, em uma entrevista com Peterson para o mesmo jornal, descreveu o livro como atípico para o gênero de auto-ajuda.

Peter Hitchens, para o The Spectator, afirmou não ter gostado do estilo de escrita "coloquial e acessível" e a quantidade de recapitulações, mas notou que o livro tinha "momentos comoventes", "bons conselhos" com uma mensagem "direcionada a pessoas que cresceram no Ocidente pós-cristão", com aplicação especial para homens jovens.[13]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Após um prefácio escrito pelo psiquiatra Norman Doidge e uma introdução de Peterson, os capítulos do livro, cada qual uma regra, são:

  1. Costas eretas, ombros para trás
  2. Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade
  3. Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você
  4. Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje
  5. Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles
  6. Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo
  7. Busque o que é significativo, não o que é conveniente
  8. Diga a verdade. Ou, pelo menos, não minta
  9. Presuma que a pessoa com quem está conversando possa saber algo que você não sabe
  10. Seja preciso no que diz
  11. Não incomode as crianças quando estão andando de skate
  12. Acaricie um gato ao encontrar um na rua

Referências

  1. Peterson, Dr Jordan. «Jordan Peterson | Events». Jordan Peterson (em inglês). Consultado em 4 de julho de 2021
  2. «Jordan B Peterson's answer to What are the most valuable things everyone should know? - Quora». www.quora.com (em inglês). Consultado em 22 de julho de 2018
  3. a b Bartlett, Tom (17 de janeiro de 2018). «What's So Dangerous About Jordan Peterson?». The Chronicle of Higher Education. Consultado em 19 de janeiro de 2018
  4. Howard, Jeffrey (5 de fevereiro de 2018). «Does Postmodernism Pit Us Against Each Other?». Foundation for Economic Education. Consultado em 3 de março de 2018
  5. a b c Lott, Tim (21 de janeiro de 2018). «Jordan Peterson: 'The pursuit of happiness is a pointless goal'». The Observer. Consultado em 21 de janeiro de 2018
  6. Blatchford, Christie (19 de janeiro de 2018). «Christie Blatchford sits down with "warrior for common sense" Jordan Peterson». National Post. Consultado em 19 de janeiro de 2018
  7. Gornoski, David (29 de janeiro de 2018). «Christ vs. the Crowd: My Interview with Jordan B. Peterson». The Christian Post. Consultado em 3 de março de 2018
  8. Brooks, David (25 de janeiro de 2018). «The Jordan Peterson Moment». The New York Times. Consultado em 31 de janeiro de 2018
  9. MacDougald, Park (11 de fevereiro de 2018). «Why They Listen to Jordan Peterson». New York Magazine. Consultado em 3 de março de 2018
  10. Grainger, James (22 de janeiro de 2018). «Jordan Peterson on embracing your inner lobster in 12 Rules for Life». Toronto Star. Consultado em 3 de março de 2018
  11. Gonçalves, Leonor (24 de janeiro de 2018). «Psychologist Jordan Peterson says lobsters help to explain why human hierarchies exist – do they?». The Conversation. Consultado em 3 de março de 2018
  12. Kunzru, Kari (18 de janeiro de 2018). «12 Rules for Life by Jordan B Peterson review – a self-help book from a culture warrior». The Guardian
  13. Hitchens, Peter (10 de fevereiro de 2018). «Jordan Peterson doesn't go nearly far enough». The Spectator. Consultado em 3 de março de 2018

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O que o livro 12 regras para a vida fala?

Falta de responsabilidade com a própria vida ou baixa autoestima podem fazer com que você escolha amigos que não acreditam que merecem o melhor da vida, e isso te afeta muito negativamente. Como somos animais sociais, e não conseguimos viver sem outras pessoas, é preciso aprender a escolher as amizades certas.

Quais são as 12 regras para vida de Jordan?

As regras são:.
Costas eretas, ombros para trás..
Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade..
Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você.
Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje..
Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles..

Porquê ler 12 regras para a vida?

Através de 12 passos, o autor ensina como ter mais responsabilidade e como amadurecer. Dessa forma, as principais lições são as de cuidar de si mesmo, se aproximar de pessoas melhores, cuidar de sua vida antes de criticar o mundo e outras.

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