Show
Artigo OriginalDisfunção sistólica ventricular esquerda detetada por speckle tracking em hipertensos com fração de ejeção preservadaLeft ventricular systolic dysfunction detected by speckle tracking in hypertensive patients with preserved ejection fractionUnder a Creative Commons license Open access ResumoIntroduçãoO espectro da cardiopatia hipertensiva é diverso podendo ir até à disfunção ventricular esquerda. O desenvolvimento de metodologias ecocardiográficas que permitam melhorar o estadiamento da cardiopatia hipertensiva e identificar precocemente hipertensos em risco de evolução desfavorável poderá ser clinicamente relevante. ObjetivosIdentificar o compromisso subclínico da função ventricular esquerda em indivíduos hipertensos com fração de ejeção preservada (> 55%), utilizando parâmetros globais da deformação miocárdica (speckle tracking). MetodologiaForam estudados dois grupos de indivíduos: normotensos (N = 20; 59 + 7 anos; 55% homens) e hipertensos (N = 229; 62 + 12 anos; 57% homens), tendo sido avaliados vários parâmetros clínicos e ecocardiográficos de função ventricular esquerda (convencionais e parâmetros globais da deformação miocárdica longitudinal e circunferencial). Foram determinados os cut-offs da normalidade a partir do grupo de normotensos e aplicados ao grupo de hipertensos, para se detetar disfunção ventricular esquerda subclínica. Foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney e do Qui-Quadrado. ResultadosO grupo de hipertensos apresentou na sua maioria hipertensão arterial do tipo I (53,7%), pressão arterial controlada (64,9%) e alteração estrutural do ventrículo esquerdo em 54,8% dos indivíduos. Não se detetaram diferenças significativas entre os grupos nos parâmetros globais de deformação longitudinal ou circunferencial. Após aplicação dos cut-offs da normalidade nos hipertensos, foram identificados 35 indivíduos (15,3%) com disfunção ventricular esquerda subclínica. ConclusõesA avaliação da deformação miocárdica permitiu identificar o compromisso sistólico subclínico da função ventricular esquerda num grupo de hipertensos com fração de ejeção preservada. A relevância clínica destes achados deverá ser confirmada por estudos de follow–up prolongado. AbstractIntroduction The spectrum of hypertensive heart disease is wide, and can include left ventricular dysfunction. The development of echocardiographic parameters to improve patient stratification and to identify early adverse changes could be clinically useful. Aim To identify subclinical left ventricular dysfunction in hypertensive subjects with preserved ejection fraction (>55%), identified by global parameters of myocardial strain on speckle tracking imaging. Methods This was a comparative observational study of two groups of individuals: normotensive (n=20, age 59±7 years, 55% male) and hypertensive (n=229, age 62±12 years, 57% male). Left ventricular function was assessed by various conventional clinical and echocardiographic parameters and global longitudinal and circumferential myocardial strain. Cut-off values to detect subclinical left ventricular dysfunction were established and applied in the hypertensive group. The Student's t test, Mann-Whitney test and chi-square test were used for the comparative statistical analysis. Results Most hypertensive subjects (53.7%) had grade I hypertension; blood pressure was controlled in 64.9%, and 54.8% showed left ventricular structural changes. Comparison between the normotensive and hypertensive groups showed no significant differences in parameters of global longitudinal or circumferential systolic strain. Application of the cut-offs to the hypertensive group identified 35 individuals (15.3%) as having subclinical left ventricular systolic dysfunction as assessed by global longitudinal myocardial strain parameters. Conclusions In this group of hypertensive patients, global myocardial strain parameters identified a group of individuals with subclinical left ventricular systolic dysfunction despite preserved ejection fraction. The clinical relevance of these findings needs to be assessed in long-term follow-up studies. Palavras-chaveHipertensão arterial Deformação miocárdica Disfunção ventricular esquerda subclínica Ecocardiografia Speckle tracking KeywordsHypertension Myocardial strain Subclinical left ventricular dysfunction Echocardiography Speckle tracking AbreviaturasPG-SL Pico sistólico global de strain longitudinal PG-SRsL Pico Global de Strain Rate Sistólico Longitudinal PG-SReL Pico Global de Strain Rate Protodiastólico Longitudinal PG-SRaL Pico Global de Strain Rate Telediastólico Longitudinal PG-SC Pico Sistólico Global de Strain Circunferencial PG-SRsC Pico Global de Strain Rate Sistólico Circunferencial PG-SReC Pico Global de Strain Rate Protodiastólico Circunferencial PG-SRaC Pico Global de Strain Rate Telediastólico Circunferencial Cited by (0)Copyright © 2013 Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Published by Elsevier España, S.L. All rights reserved. O que significa função sistólica no limite inferior da normalidade?O que quer dizer função sistólica do ventrículo esquerdo no limite inferior da normalidade?? Desde já agradeço!! Quer dizer que a força do seu coração está próximo de se encontrar reduzido. É importante avaliar o porque disso estar acontecendo.
O que é função sistólica do ventrículo esquerdo?O dado de exame ( creio que, obtido de um Ecodopplercardiograma) de "função sistólica preservada" fala a favor de um coração que tem seu Ventrículo Esquerdo, o principal elemento para bombear o sangue para todo o organismo, exceto os pulmões, funcionando em boas condições.
Qual o tratamento para disfunção sistólica do ventrículo esquerdo?O tratamento inicial de pacientes sintomáticos com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo consiste no uso de diurético, digital6 e inibidores da enzima conversora de angiotensina II (ECA).
Quem tem disfunção diastólica pode infartar?A disfunção diastólica (coração fraco e/ou grande), tem como maior risco as arritmias graves. Na maioria das vezes as disfunções mais graves com maior aumento importante do coração tem maior risco de morte súbita, mas isso pode ocorrer também em disfunções leves (menos comum).
|