Como eram chamados os países que tiveram um processo de industrialização mais acelerado?

Os países considerados subdesenvolvidos – também chamados de “periféricos” ou “em desenvolvimento” – pautaram os seus respectivos desenvolvimentos nacionais a partir de uma relação de limitações econômicas ocasionadas pelos mais diversos motivos: dominação colonial, influência externa, problemas políticos internos, desenvolvimento tardio, dependência econômica, corrupção, entre outros. No que tange ao desenvolvimento industrial desses países, é importante salientar que cada um apresentou esse processo de maneira diferenciada. O objetivo deste texto, no entanto, é encontrar alguns padrões gerais sobre o processo de industrialização em países subdesenvolvidos, resguardando as devidas particularidades.

Praticamente todos as economias periféricas do planeta são conhecidas por seus históricos econômicos marcados por uma produção puramente rural. A industrialização, nesses casos, ocorreu de forma mais consolidada a partir da década de 1950, de modo que em muitos países esse processo ainda se encontra em fase inicial, como é o caso de alguns territórios da África e da Ásia. Em outros, como boa parte da América Latina, o norte africano e a África do Sul, bem como uma fração dos países asiáticos, o processo de industrialização encontra-se em etapas mais avançadas, embora tenha se constituído de maneira tardia em relação aos países desenvolvidos.

É nesse contexto que surgem várias expressões para designar essa dinâmica, tais como: Novos países industrializados (NICs), Novíssimos Países Industrializados, Tigres Asiáticos, Novos Tigres Asiáticos, Países subdesenvolvidos industrializados, Economias emergentes, entre muitos outros termos. Em suma, a maior parte dessas economias, apesar de apresentar um parque industrial diversificado, caracteriza-se pela predominância de empresas estrangeiras e baixo domínio de bens tecnológicos mais avançados.

Nesse contexto, os principais destaques de países subdesenvolvidos industrializados por área continental e regional são, respectivamente:

América Latina – Brasil, Argentina e México;

África – África do Sul, Egito e, em menor grau, a Nigéria;

Ásia – China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Singapura, Hong Kong, Vietnã, Indonésia e outros.

O predomínio de tecnologia e empresas estrangeiras nesses países deve-se ao processo de Globalização econômica e a consequente expansão das empresas multinacionais, também chamadas de empresas globais ou transnacionais. Essas empresas migraram para esses locais em busca de mão de obra mais barata e qualificada, melhor acesso ao mercado consumidor e outras vantagens oferecidas em termos de fatores locacionais.

Outra característica do desenvolvimento industrial do mundo subdesenvolvido foi a necessidade de intervenção do Estado no que tange aos investimentos em infraestruturas e, em alguns casos, até em indústrias de base, como a siderúrgica, o setor petroquímico e outros. Mesmo assim, muitos desses países privatizaram essas empresas, ou seja, transferiram-nas para o capital privado, a exemplo do Brasil com a siderúrgica e mineradora Vale do Rio Doce.

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De todos os países considerados emergentes ou subdesenvolvidos industrializados, a China foi o que apresentou o mais peculiar processo de crescimento no setor secundário, fortemente marcado pela presença e controle do Estado, fator característico da economia planificada que se autodenominou “socialista”. Mesmo com a abertura posterior para o capital estrangeiro, a presença e atuação do Estado na China ainda são elevadas, controlando as áreas onde as fábricas se instalam, mantendo a propriedade estatal de várias companhias e intensificando Joint Ventures (associações) entre empresas estrangeiras e indústrias nacionais.

No cerne desse processo de industrialização do mundo subdesenvolvido, alguns países expressaram de forma mais evidente a grande dependência em relação ao capital externo, tanto em termos tecnológicos quanto em virtude das relações de importação e exportação. É o caso, por exemplo, do México, que em sua região norte – mais próxima da fronteira com os Estados Unidos – instalaram-se muitas indústrias chamadas “maquiladoras” ou montadoras, empregando mão de obra local a baixo custo e exportando a preços relativamente baixos.

No caso brasileiro, todas essas características acima foram reproduzidas, inclusive no que se refere à grande dependência – ainda predominante – para com o capital estrangeiro. No país, assim como em toda a América Latina, predominou o modelo de industrialização substitutiva de importação (ISI), com abertura de mercado, investimentos em infraestruturas, atração de capital estrangeiro e alto endividamento da máquina pública.

No entanto, como consideramos no início do texto, é impossível generalizar todas ou a maioria das características da industrialização em países emergentes. Os Tigres Asiáticos, por exemplo, já apresentam um amplo domínio de tecnologia de ponta – principalmente a Coreia do Sul –, além de possuírem muitas empresas multinacionais que expandiram suas atividades pelo mundo, a exemplo da montadora de carros Hyundai e a empresa de tecnologia Samsung.

De toda forma, o que se pode observar é que mesmo com um parque industrial diversificado e um setor terciário crescente (tal como nos países centrais), os mercados subdesenvolvidos ainda não foram capazes de converter essa geração de riquezas em benefícios sociais e melhoria do desenvolvimento humano.

Como eram chamados os países que tiveram um processo de industrialização mais acelerada?

Nações que realizaram o desenvolvimento industrial após a década de 1950 ficaram conhecidas como NIC (Novos Países Industrializados). Esse setor da economia se concentrava em países europeus (em especial França, Alemanha, Reino Unido e Itália), no Japão, Estados Unidos e Canadá.

Quais os países de elevada industrialização?

O desenvolvimento econômico é também um critério preponderante de classificação. São usados como sinônimos de países desenvolvidos termos como “países industrializados” e “países de primeiro mundo”. Entre esses países, podemos destacar: Noruega, Suíça, Suécia, Austrália, Japão e Estados Unidos.

Quais eram os países que se destacavam em termos de industrialização?

Na segunda metade do século XIX, a Revolução Industrial não mais se restringia à Inglaterra, tendo se expandido para a Bélgica, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e Estados Unidos. Diversos fatores contribuíram para o crescimento industrial britânico que resultou na Revolução Industrial.

Como são chamados os novos países industrializados do Sudeste Asiático com que os países se unem para fortalecer seu comércio?

Conheça os aspectos gerais Já o NPI'S (Novos Países Industrializados) faz referência aos países que compõem a Segunda Geração dos Tigres Asiáticos que, a partir da década de 1990, vivenciaram a expansão de suas economias.