Como era o tratamento da doença mental apresentada no filme Bicho de sete cabeças?

693 palavras 3 páginas

O filme retrata a história de Neto que é internado em um manicômio pelo pai quando este supõe que o filho está envolvido com drogas quando acha um cigarro de maconha nas coisas dele. Desde o inicio é retratado a progressão da situação que critica entre Neto e o pai, sendo que Neto ao estar passando por uma fase difícil, a adolescência, buscando por aceitação entre os amigos, constantemente entra em conflito com o pai, conservador e ignorante, que em nenhum momento tenta se comunicar com o filho.
Neto não tem nenhum apoio no ambiente familiar composta por uma mãe submissa e uma irmã mais velha que chefia essa família, ou seja, passa por tudo sozinho e sem qualquer informação. Algo que como está escrito no livro de Ana Bock pode ser um fator a aumentar o sofrimento psicológico na passagem onde fala que a questão da doença mental se deve ser considerada como produto da interação das condições de vida social com a trajetória específica do indivíduo (sua família, os demais grupos e as experiências significativas) e sua estrutura psíquica. As condições externas tais como estresse, como no caso do filme devem ser entendidas como determinantes ou desencadeadoras da doença mental
Como resultado disso, no filme, a estadia no manicômio de Neto, sob condições dos maus tratos dos funcionários, agressividade e violência, tanto física quanto mental, acaba por enlouquecê-lo. Mesmo quando ele receba alta da primeira vez, logo depois ele acaba retornando novamente a uma instituição semelhante onde ele tenta suicídio quando coloca fogo nos cobertores em um pequeno cubículo escuro onde se encontrava. Embora se tenha poucas certezas sobre a loucura, os sintomas mais graves como são citados do livro de Ana Bock são claros, tais como ver o diabo, medo de sair de casa ou ir ao banheiro sozinho, ouvir vozes. Para o pai de Neto, achando que o filho é homossexual e por ter encontrado o cigarro de maconha, esses são motivos mais do que suficiente para internar o filho contra a vontade