Como é uma pessoa com fobia social?

A fobia social é um tipo de transtorno de ansiedade que se manifesta por meio de comportamentos de medo. Nervosismo, tensão nervosa e pânico surgem a partir do momento em que a pessoa afetada pensa que está diante de uma avaliação social. Essa avaliação só existe, na maioria das vezes, na cabeça do próprio fóbico. O pavor do julgamento alheio faz com que indivíduo acabe adotando um comportamento recluso. Ele passa a evitar o contato com o outro como uma forma de não sofrer. No entanto, o medo é o que causa o maior sofrimento mental para a pessoa com fobia. O medo do fóbico social não o deixa sair de casa, ou mesmo do próprio quarto. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

A importância do diagnóstico

Identificar o transtorno cedo é de extrema importância tanto para quem sofre do problema quanto para sua família e seus amigos. Isso porque o tratamento precoce pode ajudar o paciente a restabelecer sua qualidade de vida. Com isso, ele pode voltar a se relacionar com o outro e a viver tranquilo em sociedade.

Sinais de fobia social

A fobia social geralmente aparece ainda na infância e na adolescência. Inicialmente, os pais podem achar que se trata de timidez ou insegurança típica da idade. No entanto, é importante observar se a criança ou o jovem tem reações extremas de pânico diante de uma situação que envolve contato social. Além disso, é frequente que eles evitem áreas comuns da casa, não interajam com visitas e não frequentem grupos de amigos. Os sintomas mais observados em quem tem esse tipo de ansiedade social são:

  • sentimento subjetivo de rejeição social;
  • medo da avaliação do outro;
  • comportamento recluso (isolamento espacial);
  • ataque de pânico em situações sociais desafiadoras;
  • desejo de fuga na iminência das interações interpessoais;
  • angústia e ansiedade antecipatória. Pensamento negativo em relação a uma situação que ainda não aconteceu;
  • alterações físicas em momentos de interação social, como suor excessivo, mãos trêmulas, sensação de “nó na garganta”, falta de ar, batimentos acelerados, entre outras reações.

Principais comportamentos e crenças de quem possui fobia social

É normal que, na sociedade dos dias de hoje, todos sintamos um pouco de medo e ansiedade quando nos relacionamos. No entanto, a pessoa com fobia social carrega crenças sobre as relações interpessoais que nem sempre se configuram como verdades. Entretanto, quando o fóbico sente medo do julgamento social, nem sempre ele está errado, pois, de fato, somos julgados o tempo todo quando vivemos em coletividade. O problema é que quem tem esse tipo de transtorno transforma essa ideia em uma crença, em um pensamento obsessivo, que passa a trazer extremo sofrimento mental. Esse sofrimento desencadeia sintomas físicos que, muitas vezes, impede que o doente faça amizades, apresente-se em público, participe de festas, ande em transporte coletivo, vá a uma entrevista de emprego ou pratique um esporte, por exemplo. A fobia social subtrai a qualidade de vida de uma pessoa, mas ela tem tratamento. Por isso, a identificação precoce do comportamento de um fóbico é de extrema importância. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em São Paulo!

Como é uma pessoa com fobia social?

Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem em São Paulo presencialmente e também online por vídeo chamada.

Como é uma pessoa com fobia social?

Fobia social: o que é, sintomas e como lidar com ela?

A fobia social, também conhecida como ansiedade social, vai além do nervosismo passageiro sentido em situações sociais.

Você provavelmente já sentiu essa ligeira apreensão em algum momento, como durante apresentações na faculdade ou trabalho e em conversas com chefes ou superiores.

Esse sentimento surge em virtude da preocupação com o que dizer e como agir perante a atenção de tantas pessoas ou de pessoas cuja validação é desejada. O nervosismo desaparece quando a situação chega ao fim. Ele pode retornar quando o ocorrido é relembrado, mas não tem uma influência significativa em nosso humor.

Quando se tem esse tipo de fobia, no entanto, interações corriqueiras causam ansiedade, estresse e vergonha constantemente. Psicólogos afirmam que essa condição não atrapalha somente os relacionamentos, mas também a autoconfiança e desempenho profissional e/ou acadêmico.

O que é fobia social?

Fazer compras no mercado, solicitar uma informação via telefone, trocar experiências com profissionais da área em eventos e falar sobre tudo e nada com vizinhos são interações sociais comuns.

Muitas pessoas gostam de conversar e aproveitam todas as oportunidades disponíveis para puxar assunto com outro alguém.

A fobia social torna praticamente impossível ter essas conversas casuais. O indivíduo fóbico tem dificuldade para gerenciar o estresse oriundo de situações sociais, mesmo que, aparentemente, elas não apresentem nenhuma ameaça a ele. Para não sentir o desconforto emocional, ele evita interagir com as pessoas.

Mas não é apenas o ato de falar com o outro que gera estresse e ansiedade. Outras situações causam desconforto semelhante. Entre elas, estão:

  • Falar com desconhecidos;
  • Fazer contato visual durante uma conversa ou evento social;
  • Namorar;
  • Falar em público;
  • Entrar em cômodos quando estão ocupados (pois chama a atenção dos ocupantes);
  • Usar banheiros públicos;
  • Ir a festas ou eventos;
  • Comer na frente de outras pessoas;
  • Ir à escola, faculdade ou trabalho; e
  • Iniciar conversas.

As pessoas com essa condição não possuem problemas com todas as situações mencionadas simultaneamente. Por exemplo, algumas podem ficar envergonhadas quando adentram um cômodo lotado, mas discursar para uma plateia não é considerado tão desagradável. 

Elas também possuem razões diferentes para temerem momentos sociais, como ser julgado quando está em evidência, ser humilhado ou envergonhado (e mostrar sinais disso, como enrubescer, suar ou tremer), ofender alguém sem querer ou ser o centro das atenções.

Sintomas da fobia social

Os sintomas da fobia social são parecidos com os das demais condições ligadas à ansiedade. A experiência de cada fóbico é única, mas, normalmente, quando precisam interagir com outras pessoas, esses indivíduos sentem:

  • Palpitações;
  • Tensão muscular;
  • Tontura;
  • Crise de ansiedade;
  • Desconforto estomacal;
  • Diarreia;
  • Garganta seca;
  • Tremores nas pernas;
  • Expectativas ruins sobre o momento social;
  • Vontade de ficar em silêncio;
  • Incapacidade de respirar;
  • Evitar situações que podem causar desconforto;
  • Medo;
  • Inquietação; e
  • Sensação de estar “fora do corpo”.

Esses sintomas podem surgir logo antes da situação que desperta temor, ou semanas antes de determinado evento social. Pessoas com ansiedade social normalmente sofrem por antecedência ou passam muito tempo remoendo o passado.

Elas avaliam as suas ações e palavras, como se estivessem à procura de erros e condutas inapropriadas. Por serem muito exigentes consigo mesmas, quase sempre encontram algo para criticar, se culpar ou se envergonhar.

Em crianças, além dos sintomas mencionados, a fobia é manifestada através de crises de choro, manha, mutismo seletivo e recusa em ficar longe dos pais.

Causas da fobia social

Não há uma causa única para a fobia social. Porém, fatores ambientes e genéticos, como ter histórico de ansiedade ou síndrome do pânico na família, podem corroborar para o surgimento da ansiedade social.

Os fatores ambientais, por outro lado, envolvem experiências ruins, tais como abuso, negligência, bullying, intimidação e outras formas de violência. Pessoas que têm dificuldade para controlar o estresse são igualmente mais suscetíveis a ter ansiedade social. 

Outra característica dessa fobia é a manifestação precoce, por volta dos 13 anos. A adolescência é a fase em que há muita preocupação com a aparência, personalidade e opiniões de terceiros. Logo, é um momento favorável para o desenvolvimento dessa condição, além do pânico, depressão, distúrbios alimentares, entre outros.

Tanto adolescentes quanto crianças tímidas podem crescer e se tornar adultos socialmente ansiosos, assim como indivíduos com pais autoritários ou controladores.

Quando o excesso de ansiedade é percebido na infância ou adolescência, pais podem levar os filhos à terapia. Deste modo, eles aprendem desde cedo a se sentirem confortáveis entre outras pessoas e previnem sofrimentos emocionais futuros.

Tratamentos para a fobia social

Existe tratamento para a fobia social!

O uso de medicamentos pode ser recomendado pelo médico psiquiatra ou psicólogo em casos mais severos. Eles são úteis para controlar a ansiedade, possibilitando que o indivíduo fóbico se foque em desenvolver hábitos saudáveis.

Entretanto, o aspecto fundamental do tratamento desse tipo de fobia é, sem dúvidas, a terapia. Ela investiga os sintomas dessa condição com o objetivo de identificar fatores que contribuem para a ansiedade, como traumas, experiências negativas, baixa autoestima, entre outros.

A partir de então, o psicólogo consegue desenvolver estratégias para ajudar o paciente a administrar a ansiedade no dia a dia, modificar crenças negativas sobre si mesmo e as demais pessoas e curar feridas emocionais oriundas de eventos traumáticos.

O paciente ansioso gradualmente adquire mais controle sobre o nervosismo, medo e pensamentos ansiosos que procuram transformar as situações sociais em verdadeiros monstros. A duração desse processo de mudança depende da resposta de cada um ao tratamento.

Algumas pessoas têm mais facilidade para fazer mudanças do que outras, portanto, podem precisar de uma quantidade menor de consultas. Essa perspectiva é passada ao paciente durante o acompanhamento psicológico.  

Como lidar com a fobia social no dia a dia?

Quem vive com ansiedade social evita situações sociais consideradas “normais” e perdem oportunidades profissionais e de crescimento pessoal que podem mudar as suas vidas para melhor.

Os relacionamentos também são complicados. O desejo de ter um parceiro e constituir família pode existir, mas a pessoa se sente tão inadequada que não consegue iniciar ou permanecer em uma relação afetiva.

O mesmo acontece em relação à formação de amizades. Às vezes, a pessoa está morrendo de vontade de fazer amizade com alguém, mas não consegue conduzir uma conversa ou cultivar o laço entre ela e o outro.

A autoestima de pessoas fóbicas também costuma ser baixa. Pensamentos de caráter negativo e preocupações desnecessárias perseguem-nas no cotidiano. Assim, não conseguem aproveitar ocasiões que deveriam ser boas e produtivas.

O desejo de aprimorar suas habilidades sociais e ter mais desenvoltura enquanto interagem com os outros é comum entre elas. Apesar de tentarem o seu melhor para progredirem, dificilmente conseguem mudar seu comportamento sem ajuda.

Como você pode ver, essa condição traz muitos inconvenientes que reduzem a felicidade e saúde mental. Felizmente, pessoas socialmente ansiosas podem adotar estratégias para lidar com ela no dia a dia. 

1.     Aprenda técnicas para acalmar a ansiedade

É imperativo que pessoas que precisam conviver com a ansiedade, seja em forma de fobia, insônia, pânico e compulsão, aprendam métodos para acalmá-la. Você pode respirar fundo, fazer exercícios de visualização, contar até certo número, tentar racionalizar os sintomas psicológicos e meditar brevemente.

Fazer yoga, pilates, caminhada e hobbies relaxantes (como ler, pintar, fotografar e fazer artesanato) são igualmente importantes. Os momentos que proporcionam tranquilidade devem ser adicionados à rotina, mesmo que sejam breves, para prolongar o estado emocional estável.

2.     Tenha um diário

Escrever o que você sente e pensa é uma maneira excelente de desabafar, bem como aliviar o estresse acumulado ao longo da semana. Você pode escrever experiências reais, desejos e planos para o futuro, preocupações e basicamente tudo o que você sentir vontade de colocar para fora.

Como conversar com outra pessoa sobre questões íntimas pode ser difícil, você pode substituir a interação pelo diário.

Guardar sentimentos dentro de você é prejudicial para a sua saúde mental. O acúmulo de emoções e pensamentos desagradáveis pode deixá-lo psicologicamente esgotado, além de agravar a ansiedade.

3.     Ressignifique sentimentos e pensamentos negativos

Quando a ansiedade e demais sintomas começarem a surgir durante momentos sociais, combata-os com pensamentos positivos. Entre afirmações que você pode dizer a si mesmo estão:

  • “Estou no controle das minhas emoções, não o contrário”;
  • “Não preciso me preocupar. Não há nada de ameaçador nessa situação”;
  • “Tudo bem se eu gaguejar ou não conseguir olhar nos olhos das pessoas”; e
  • “Estou fazendo o melhor que eu posso”.

A fobia social tende a transformar as pessoas em seus piores inimigos. Faça exatamente o oposto e se torne o seu melhor amigo.

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*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.

Como é uma pessoa com fobia social?

Autora: psicóloga Thaiana F. Brotto - CRP 106524/06 Formação: Thaiana F. Brotto é psicóloga registrada no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo sob o número 06/106524. Formada em Psicologia pela PUC-PR em 2008, já escreveu mais de 250 artigos para o Blog Psicólogo Com.Br. Thaiana é especialista em Terapia Comportamental pela USP e é pós-graduanda em Neurociência pela PUC.

Como saber se você tem fobia social?

5 sinais de Fobia Social.
1 1. Ansiedade extrema..
2 2. Medo de falar em público..
3 3. Faz pouco ou nenhum contato visual..
4 4. Evita andar em ambientes com muitas pessoas..
5 5. Acha que não consegue fazer nada..

Como se comporta uma pessoa com fobia social?

Sintomas comportamentais da fobia social:.
Medo de interagir com pessoas desconhecidas, autoridades ou de destaque..
Medo de demonstrar nervosismo e ansiedade..
Medo de demonstrar sintomas físicos (como rubor e voz trêmula).
Receio em passar por constrangimentos..

O que gera a fobia social?

Algumas dessas causas incluem fatores hereditários, alterações na estrutura cerebral, influência do meio onde vivem, traumas ou experiências negativas, exposição frequente a fatores de risco na infância, temperamento e até mesmo a persistência de novas situações que demandem interação social.

Quais são os sintomas da fobia?

Quais são os sintomas da fobia?.
medo (acentuado e persistente);.
medo irracional (presença ou expectativa de estar próximo ao objeto ou algo);.
É desproporcional ao perigo verdadeiro;.
É tão intenso que impede que a pessoa realize as atividades normais;.
O medo é inevitável (mesmo que a pessoa saiba que não oferece perigo);.