Como deve ser realizada a identificação correta do paciente?

Há uma série de medidas adotadas pelos serviços de saúde que visam à segurança das pessoas atendidas. A primeira delas é a identificação do paciente que, embora pareça algo simples, pode desencadear problemas quando não executada com precisão.

Justamente por ser a primeira etapa do atendimento de saúde, a identificação do paciente é o que irá nortear os procedimentos aos quais aquela pessoa será submetida. Justamente por isso, é a primeira etapa para evitar erros e riscos à segurança do paciente. Afinal, uma identificação incorreta irá resultar em um prontuário inadequado para aquela pessoa, repercutindo em outros erros, como a realização de um exame desnecessário e podendo até acarretar consequências mais graves, como a administração de um remédio incorreto. Enfim, é um efeito cascata que pode colocar em risco a vida do paciente.

Serviços de saúde devem estar atentos à identificação do paciente 

A identificação do paciente faz parte de seis protocolos básicos de segurança estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A lista completa abrange:

  1. Identificação do paciente
  2. Prevenção de úlcera por pressão
  3. Segurança na prevenção, uso e administração de medicamentos
  4. Cirurgia segura
  5. Prática de higiene das mãos em serviços de saúde
  6. Prevenção de quedas

Este protocolo deve ser utilizado em diferentes segmentos de assistência em saúde, que compreendem: pronto atendimento, laboratórios, atendimento domiciliar, hospitais, ambulatórios, entre outros.

Em todos estes serviços a identificação correta e a confirmação dos dados de identificação do paciente devem ocorrer na admissão, transferência ou recebimento de pacientes de outra unidade ou instituição, antes do início de cuidados, de qualquer tratamento ou procedimento e da administração de medicamentos e soluções.

Importância da identificação em laboratórios 

Exames laboratoriais são utilizados para dar apoio aos diagnósticos feitos em consultórios pelos médicos. Eles podem auxiliar na identificação de doenças, deficiências e síndromes e norteiam o profissional na indicação de um tratamento. Se, por acaso, o médico receber um resultado de exames de uma pessoa que não seja o seu paciente e não perceber o erro, o paciente pode ser submetido a um tratamento inadequado, podendo prejudicar a sua saúde e atrasar o início de um tratamento que ele necessitasse.

Por isso, o cuidado na identificação de pacientes em um laboratório deve ser tomado do início ao fim do atendimento, passando pelo atendimento na recepção, identificação no momento da coleta, etiquetagem de frascos e a emissão dos resultados. Uma falha em qualquer uma destas etapas de identificação pode comprometer o diagnóstico médico e seu consequente tratamento.

A identificação correta do paciente é um dos requisitos que atestam a qualidade de serviço de um laboratório médico. Em 2017 o Hemos Laboratório foi acreditado pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial com o selo PALC. Para saber mais sobre este reconhecimento acesse: http://hemos.com.br/acreditacao-palc/.

O protocolo de identificação do paciente possui como intuito garantir que o usuário receba corretamente os cuidados para o seu caso.

Erros de reconhecimento podem acontecer desde a recepção até a alta do serviço prestado, ou seja, em todas as fases. Essas falhas, segundo a Anvisa, possuem fatores de intensificação que demandam uma atenção maior das entidades.

Por esse motivo, o uso de pulseiras para distinguir os usuários tornou-se comum nas instituições, mas ainda assim uma série de parâmetros devem ser estudados e discutidos.

Pensando nisso, este texto mostra a importância do protocolo de identificação do paciente e quais são as maneiras de aplicá-lo de modo eficiente.

Por que estabelecer um protocolo de identificação do paciente?

O norma de inspeção dos usuários deve estar presente em todos os segmentos da saúde, incluindo unidades de internação, ambulatório, salas de emergência e centros cirúrgico.

Conforme a The United Kingdom National Patient Safety Agency apontou, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue destinados a outros. E, desse total, 3% resultam em casos de óbito.

A utilização de pulseiras é vista como uma das poucas maneiras de controlar esses dados nas instituições. Informações coletadas pela Anvisa apontam para reduções significativas na ocorrência de erros após a implementação de processos como esse.

Abaixo, estão algumas das intervenções que são usados, de modo geral, para constituir um protocolo de identificação do paciente:

Assegurar que todos sejam corretamente atendidos

Para um atendimento correto a todos, é preciso o uso de indicadores. Um deles é a pulseira branca padronizada, colocada em um membro do paciente para que seja conferido antes da assistência médica.

O local escolhido para identificar o adulto é no punho, mas para recém-nascidos é colocado, preferencialmente, no tornozelo. Se os membros superiores do adulto estiverem impossibilitados, deve inserir nos componentes inferiores.

Definições institucionais

A entidade tem como obrigação ter medidas já pré estabelecidas e documentadas. Por exemplo, os profissionais precisam saber como agir em situações onde os membros que normalmente são utilizados para identificação não estejam viáveis, como:

  • edemas;
  • amputações;
  • presença de dispositivos vasculares.

Outro ponto que as unidades de saúde devem se precaver é sobre como proceder se a identificação estiver danificada, ilegível ou for removida. É preciso ter atenção até ao modo como os identificadores serão registrados: manuscritos ou impressos.

O intuito em estabelecer esse tipo de protocolo de identificação do paciente é, principalmente, facilitar o cotidiano das equipes que correm contra o tempo.

Quais são as especificações da pulseira do paciente?

  1. Cor:

O bracelete usado para o reconhecimento deve ser de cor branca.

Pulseiras coloridas de alerta ou etiquetas não devem ser utilizadas como identificadores, devido os riscos de erros.

  1. Tamanho:

As pulseiras devem se adequar ao perfil dos pacientes, sendo:

a) compridas – o suficiente para serem utilizadas em pessoas obesas, pacientes com linfedema e com curativos;

b) pequenas – capazes de serem confortáveis e seguras em recém-nascidos, bebês e crianças.

  1. Facilidade de uso

As pulseiras de identificação do paciente devem ser:

  • fáceis de limpar;
  • impermeáveis e resistentes a líquidos (sabão, detergentes, géis, sprays, esfregas, produtos de limpeza, sangue e outros líquidos corporais);
  • fáceis de utilizar por todos os profissionais que possam ter a responsabilidade pela emissão, aplicação e verificação.

A importância de técnicas de identificação

A intenção em estabelecer procedimentos de identificação dos usuários é proporcionar o melhor atendimento aos pacientes. E, consequentemente  fidelizá-los, já que uma boa gestão organizacional é perceptível aos pacientes. E, além disso, passa uma sensação de segurança aos mesmos.

O hospital deve proporcionar o máximo de conforto possível, tanto aos usuários como aos familiares. Pois, as unidades de saúde normalmente já causam sentimentos negativos nas pessoas, afinal se o indivíduo está ali é porque provavelmente possui alguma preocupação.

Tendo em vista a necessidade do protocolo de identificação e as adaptações citadas ao longo do texto, o primeiro passo é analisar a administração da sua entidade e buscar maneiras de proporcionar a melhor assistência em saúde possível.

Como deve ser realizada a identificação correta do paciente?

Em que momento deve ser feito a identificação do paciente?

A confirmação da identificação do paciente será realizada antes do cuidado. Inclui a orientação da administração de medicamentos, do sangue e de hemoderivados, da coleta de material para exame, da entrega da dieta e da realização de procedimentos invasivos.

O que é identificação do paciente?

Identificação correta do paciente – o que é? “Processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo erros e enganos que possam lhe causar danos.”

O que fazer para evitar erros na identificação do paciente?

O envolvimento do paciente e de seus acompanhantes ou familiares também é uma barreira importante para se evitar erros de identificação. Para tal, eles deverão ser informados do processo de identificação e de sua ocorrência obrigatória antes dos cuidados.