Como a atuação profissional pode colaborar no processo de morte e luto?

INTRODUÇÃO

A compreensão da morte como um processo natural ainda é encarada na atualidade com muita dificuldade pela população em geral e pelos profissionais de saúde. A finitude pode ser representada em formas e contextos diferentes, e tem sido alvo de estudos ao longo do tempo com o objetivo de compreender o comportamento humano frente a esta situação(1).

Os indivíduos tendem a manter uma relação distante com a morte, afastando-se desta e a considerando como um fracasso, que deve ser ocultada. Essa exclusão da morte é referida por sinônimos negativos, e ao ser mencionada é automaticamente renegada, proibida, desconsiderada(1).

Mesmo a morte sendo um evento natural e recorrente no cotidiano dos profissionais de enfermagem, muitos apresentam uma grande dificuldade em lidar com essa realidade. Os profissionais não foram preparados para lidar com a situação de morte, e mesmo que essa faça parte da rotina de trabalho, é considerada um fracasso ou que poderia ser evitada. Diante da situação da morte o profissional esquece que é um processo natural e acaba se culpabilizando e levando pra si uma carga emocional que pode se tornar prejudicial em todos os âmbitos da vida(2).

A sensibilidade diante do processo de morte é natural, pois situações dessa natureza fazem com que a pessoa reflita sobre sua vida e sobre a finitude inevitável. Porém, esses sentimentos e emoções são ampliados quando associados a outros fatores, como por exemplo, a etapa da vida do paciente, o tipo de morte e também o vínculo criado durante a internação do paciente - a tríade profissional-paciente-familiares - que se refere à interação emocional desenvolvida. Nesses casos os sentimentos podem ser potencializados, tornando a dor da perda maior e os danos emocionais mais preocupantes(2).

No ambiente hospitalar, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ocorre um maior convívio dos profissionais de enfermagem com situações que envolvem risco eminente de morte. A UTI é um ambiente destinado ao atendimento de pacientes críticos que necessitam de cuidados contínuos e de alta complexidade, com recursos disponíveis para recuperar a saúde e evitar a morte, mas, mesmo com todo esse preparo, em alguns casos, o processo de morte é inevitável, tornando este um dos lugares de maior convívio com a finitude(3,4).

Inconscientemente são desenvolvidos mecanismos de defesa que permitem desencadear estratégias para lidar com situações de conflito, ansiedade e frustrações que não são solucionadas em nível de consciência. A mente humana é programada para se defender de situações que podem causar dano. Os profissionais de enfermagem desenvolvem comportamentos e estratégias para evitar um maior envolvimento emocional com o paciente, e com isso, esperam reduzir o sofrimento diante do processo de morte.

Cada profissional enfrenta a fase terminal de um paciente de forma distinta, recorrendo a mecanismos pessoais com o intuito de evitar o sofrimento das perdas, e muitas vezes, devido a este comportamento, são considerados pessoas frias e desumanas. Porém a vivência dessas situações, quando bem administradas e instruídas, propicia aprendizagem de vida e experiência profissional. Já no contexto de despreparo dos profissionais de enfermagem diante a morte de pacientes, na tentativa de se protegerem e evitarem o sofrimento emocional, ocorre falhas na assistência humanizada, deixando lacunas no processo do cuidado(1,5,6).

A equipe de enfermagem é responsável pela gestão direta do cuidado, o que torna estes profissionais mais próximos dos pacientes, convivendo diariamente com as angústias e dilemas diante o processo de morte e morrer. Isso faz com que tenham dificuldades em separar o profissional do emocional, causando um declínio significativo na prestação do cuidado, deixando que os sentimentos conduzam a prática.

Com o passar do tempo o profissional pode desenvolver barreiras devido a ocorrências de muitos óbitos em sua rotina profissional e acaba expressando suas angústias e frustrações internamente. Esse estresse gerado desestabiliza o equilíbrio psíquico e fisiológico, fazendo com que a reserva de energias seja utilizada para suprir o dano emocional, inibindo os mecanismos de defesa e dando brecha para que a saúde do indivíduo seja prejudicada com doenças somáticas, gerando consequências graves para o mesmo(1,7,8,9).

A abordagem desta temática se apresenta de grande importância para a prática de enfermagem. É necessário que sejam desenvolvidos estudos nos diferentes campos de atuação da enfermagem para compreender melhor os sentimentos desses profissionais e as estratégias de enfrentamento utilizadas. Este assunto é pouco abordado durante a formação profissional assim como nos processos de educação permanente, apresentando uma lacuna importante a ser superada.

Os resultados do estudo poderão contribuir para uma melhor compreensão do processo de morte e morrer entre os profissionais que atuam em UTI adulto, assim como colaborar para a elaboração de programas que promovam a saúde, prevenindo abalos emocionais que interfiram na vida pessoal e profissional.

O estudo tem como objetivo descrever os sentimentos e estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem que atuam em UTI adulto sobre o processo de morte e morrer.

MÉTODO

Este estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa, método que tem por definição incorporar resultados de estudos significativos para determinado tema, proporcionando a síntese do conhecimento de forma prática(10).

Foi utilizada a proposta de Ganong como fundamentação teórica para o desenvolvimento desta revisão integrativa. Ganong determina 6 etapas para a produção do estudo, sendo a primeira etapa a seleção da questão de pesquisa; a segunda etapa consiste em estabelecer os critérios de inclusão e exclusão; a terceira etapa compreende na categorização dos estudos; a quarta etapa trata-se da avaliação dos estudos; na quinta etapa ocorre a interpretação e discussão dos resultados; e na sexta, e última, fase é realizada a apresentação da revisão integrativa(11).

A busca foi realizada baseada na seguinte questão norteadora: “Quais são as evidências científicas acerca dos sentimentos e estratégias de enfrentamento utilizadas por profissionais de enfermagem que atuam em UTI adulto, sobre o processo de morte e morrer?”.

O levantamento bibliográfico foi realizado por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde encontrou-se artigos das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Índice Bibliográfico Espanõl en Ciencias de la Salud (IBECS) e busca de publicações científicas em periódicos através do Google Acadêmico. Foram incluídos artigos originais com a presença dos descritores escolhidos no título do trabalho ou inseridos no resumo, disponíveis por meio online, que abordaram a temática acerca dos sentimentos vivenciados e estratégias de enfrentamento utilizadas por profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares) que atuam em Unidade de Terapia Intensiva adulto sobre processo de morte e morrer entre os anos de 2015 e 2020. Foram excluídos artigos duplicados, artigos de revisão narrativa, teses, dissertações e cartas ao leitor e/ou artigos que não ofereceram disponibilidade online. Os descritores utilizados foram: profissionais de enfermagem, morte, sentimentos, cuidados críticos e atitude frente a morte. Esses descritores foram combinados pelo operador booleano AND para a formação da estratégia de busca, sendo aplicado o filtro “full text” e o período específico de 2015 a 2020 em todas as buscas efetuadas.

A coleta de dados ocorreu durante o mês de setembro de 2020. A leitura e análise dos estudos foram processos realizados manualmente, sem o auxílio de nenhum software. A análise dos artigos ocorreu de forma descritiva e os resultados foram apresentados em forma de quadros, expondo as características de cada artigo: publicação com o título, base de dados, periódicos e ano de publicação, delineamento metodológico e, por fim, principais resultados

RESULTADOS

A busca nas bases de dados, com os descritores escolhidos, identificou 5.402 artigos, sendo que 5.384 foram excluídos após a leitura do título e resumo, ou por apresentarem duplicata, sobrando 18 estudos para análise detalhada. Após a leitura dos artigos na íntegra, foram excluídos 3estudos por não cumprirem com os critérios definidos, restando 15 artigos, sendo esses utilizados nesta revisão. A Figura 1 demonstra o fluxograma do processo para a definição dos estudos incluídos e o Quadro1 apresenta a descrição dos estudos incluídos, segundo título, base de dados, periódico, ano de publicação, delineamento metodológico e país de origem.

Como a atuação profissional pode colaborar no processo de morte e luto?

Figura 1.
Fluxograma dos estudos incluídos na revisão integrativa sobre sentimentos vivenciados e estratégias de enfrentamento utilizadas pelos profissionais de enfermagem diante o processo de morte e morrer.
Fonte: produção do próprio autor, 2020

Por meio da análise dos 15 artigos, apresentados na Figura 1, a base de dados com mais estudos é o LILACS com 7 artigos (46,66%), seguido pelo Google Acadêmico com 5 artigos (33,33%), enquanto BDENF, IBECS e MEDLINE são responsáveis por 1 artigo cada (20%). Foram identificados 15 periódicos distintos.

Em relação ao ano das publicações (Quadro 1) pode-se observar que os anos de 2020 e 2019 são responsáveis por 4 artigos cada (53,33%), seguidos dos anos de 2018, 2016 e 2015 com 2 artigos cada (40%), e o ano de 2017 com apenas 1 estudo (6,66%). Dessa forma fica evidente a produção recente acerca do tema, revelando valor e confiabilidade na revisão desenvolvida.

No que se diz respeito ao delineamento metodológico, 100% dos artigos foram caracterizados de natureza qualitativa, e é possível observar suas derivações.

Quanto ao país de origem da publicação, identificou-se 10 artigos nacionais (66,66%) e 5 artigos de outras regiões, um de cada, sendo essas localidades: Colômbia, Espanha, Argentina, Turquia e México. Assim notamos a predominância dos estudos nacionais, mas também é possível analisar a produção de outros países e entender culturas diversas.

Quadro 1.

Descrição dos estudos incluídos na Revisão Integrativa sobre sentimentos vivenciados e estratégias de enfrentamento utilizadas pelos profissionais de enfermagem diante o processo de morte e morrer, segundo título, base de dado, periódico, ano de publicação, delineamento metodológico e país de origem.

Título do artigo Base de dados Título do periódico Ano de publicação Delineamento metodológico País de origem
1 Atitudes das enfermeiras frente à morte dos pacientes em uma unidade de cuidados intensivos12 LILACS Revista Ciencias de la Salud 2019 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Colômbia
2 O processo de morte e morrer para equipe de enfermagem do centro de terapia intensiva13 LILACS Revista de Pesquisa 2020 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Brasil
3 Representações sociais de enfermeiros sobre o processo de morte e morrer em UTI14 LILACS Ciências Cuidado e Saúde 2016 Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa Brasil
4 "Se parar, parou": categorização do morrer em uma unidade de terapia intensiva da cidade do Rio de Janeiro15 LILACS Physis: Revista de Saúde Coletiva 2015 Reflexão com base em pesquisa etnográfica e abordagem qualitativa Brasil
5 Vivências de enfermeiros no cuidado às pessoas em processo de finitude16 LILACS Revista Ciência Plural 2020 Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa Brasil
6 Estratégias de coping diante da terminalidade: perspectivas de técnicos de enfermagem em UTI17 LILACS Saúde em Redes 2020 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Brasil
7 Estudio de la ansiedad del profesional de enfermeria de cuidados intensivos ante el proceso de la muerte18 IBECS Enfermería Global 2017 Pesquisa transversal, descritivo com abordagem qualitativa Espanha
8 Actitud del personal de Enfermería ante la muerte de pacientes em la Unidad de Cuidados Intensivos19 BDENF Notas de Enfermería 2019 Pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica Argentina
9 How intensive care nurses perceive good death20 MedLine Death Studies 2018 Pesquisa descritiva, analítica com abordagem qualitativa Turquia
10 Actitud del personal de enfermería ante la muerte de la persona enlaunidad de cuidados intensivos: estudio cuantitativo21 LILACS Duazary: Revista internacional de Ciencias de la Salud 2018 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa México
11 O processo de morte e morrer na visão do enfermeiro22 Google Acadêmico RevistaCiências e saberes 2015 Pesquisa qualitativa Brasil
12 O lidar com a morte em unidade de terapia intensiva: dificuldade relatadas por enfermeiros23 Google Acadêmico Revista Ciência e desenvolvimento 2016 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Brasil
13 Óbito e luto: os desafios encontrados pela equipe de enfermagem24 Google Acadêmico Revista JRG de Estudos Acadêmicos 2020 Pesquisa transversal, descritivo com abordagem qualitativa Brasil
14 Promovendo instituições eficazes, cenas da unidade de terapia intensiva: a morte e o morrer, sob o olhar do profissional de enfermagem25 Google Acadêmico Revista Psicologia e Saúde em Debate 2019 Pesquisa de campo, transversal, exploratória com abordagem qualitativa Brasil
15 Vivências dos profissionais da enfermagem no processo de morrer e morte em Unidade de Terapia Intensiva Adulto26 Google Acadêmico Repositório Digital – URI Erechim 2019 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Brasil

Fonte: Produção do próprio autor, 2020

A seguir, no Quadro 2, são apresentados os objetivos, sujeitos e principais resultados de cada estudo, considerando que diversas vezes o mesmo artigo abrangeu temas diversos

Quadro 2.

Descrição dos estudos incluídos na Revisão Integrativa sobre sentimentos vivenciados e estratégias de enfrentamento utilizadas pelos profissionais de enfermagem diante o processo de morte e morrer segundo objetivo, sujeitos e principais resultados.

N Objetivo Sujeitos Principais resultados
1 Descrever as atitudes à morte em um grupo de enfermeiras que trabalha em uma UTI de alta complexidade. 17 profissionais de enfermagem que trabalham em uma UTI de alta complexidade. Os participantes do estudo relataram que as crenças ajudam com que a morte seja melhor aceita, 41,2% acreditam em uma vida pós morte, e dessa forma sentem-se consolados diante da finitude.
2 Descrever as percepções da equipe de enfermagem de UTI sobre o processo de morte e morrer e suas implicações para o cuidado de enfermagem. 9 técnicos de enfermagem e 6 enfermeiros de UTI. Foram identificados sentimentos negativos, sendo estes sentimentos configurados em 46,67% como tristeza/sofrimento e 33,33% impotência. o sentimento de impotência gerado no profissional de enfermagem diante da morte está relacionado ao seu objetivo, que é cuidar e preservar a vida, sentem-se impossibilitados de reverter o quadro clínico do paciente, apesar de toda a sua dedicação e cuidados oferecidos.20% dos entrevistados informaram não sentir nada, que é algo normal, uma fase da vida. O convívio com o morrer pode fazer com que os profissionais encarem o processo com naturalidade ou ainda com frieza e indiferença, na tentativa de se proteger e não vivenciar sentimentos que poderiam os desestabilizar e prejudicar a dinâmica hospitalar.
3 Investigar as representações sociais de enfermeiros mestrandos e doutorandos sobre o processo de morte e morrer em UTI. 23 enfermeiros pós-graduandos de mestrado e doutorado, com experiência em UTI. Foram evidenciados sentimento de alívio do sofrimento e de sensação de impotência. O alívio está relacionado ao fim do sofrimento vivido pelo paciente, enquanto a impotência é um sentimento que decorre do fracasso.
4 Reflexão em torno das possibilidades de processos do morrer em uma UTI, com base em pesquisa etnográfica em hospital público universitário da cidade do Rio de Janeiro. Não consta. Quando a morte ocorre, os profissionais referem a existência de sentimentos de fracasso, insucesso, impotência.
5 Conhecer e explorar as vivências emocionais pregressas dos enfermeiros perante a finitude/morte e o processo de morrer em cuidados intensivos. 10 profissionais enfermeiros que fazem parte do quadro de funcionários da UTI de um Hospital do Agreste de Pernambuco. A maior parte dos entrevistados referiu como sentimento negativo a tristeza diante do paciente em finitude, e como sentimento positivo compaixão. O conforto como objetivo para aliviar a dor e sofrimento foi elencado como principal método para lidar com paciente em finitude.
6 Identificar as estratégias de coping utilizadas pela equipe de técnicos em enfermagem de uma UTI acerca do processo de morte e morrer. 8 técnicos de enfermagem. Os sentimentos expressos pelos profissionais foram a empatia, angústia, frustração, alívio, tristeza e impotência. A principal estratégia de coping identificada foi a espiritualidade, a passagem para um lugar melhor proporciona suporte emocional e a expressão dos sentimentos através de diálogo. Foi mencionado mecanismos de negação e racionalização do cuidado, além de evitar o envolvimento emocional e a expressão de sentimentos.
7 Avaliar o nível de ansiedade diante da morte da equipe de enfermagem que trabalha em uma UTI adulto. 69 enfermeiros que atuam em UTI. Foi utilizado a Escala de Ansiedade da Morte. Um percentual de 42% dos enfermeiros da UTI apresentou níveis de ansiedade.
8 Interpretar a perspectiva subjetiva, neste caso, a experiência das enfermeiras, sobre a morte dos pacientes. 17 enfermeiras atuantes na UTI. Foram relatados sentimentos de ansiedade, estresse, tristeza, culpa, frustração, fracasso e impotência ao vivenciar a morte de um paciente.Foram mencionadas estratégias para lidar com a finitude, destacando a negação e a espiritualidade.
9 Determinar a atitude dos enfermeiros em relação ao conceito de uma boa morte. 102 enfermeiras atuantes na UTI. O sentimento mais comum mencionado foi a tristeza.
10 Determinar a atitude do enfermeiro frente à morte da pessoa na unidade de cuidados intensivos. 30 profissionais de enfermagem. 80% não vê a morte do paciente como fracasso, mesmo que 100% concorde que o objetivo da equipe de enfermagem é salvar a vida do paciente.O profissional de enfermagem mantém uma atitude defensiva de evasão, o que significa que falar sobre isso não é uma possibilidade. Apesar de estar em contato frequente com a morte esta atitude de evasão permite evitar medos e sentimentos.
11 Compreender a visão do enfermeiro diante do processo morte/morrer dos pacientes; relatar os sentimentos vivenciados pelo enfermeiro frente ao processo morte/morrer dos pacientes bem como descrever os fatores que facilitam e dificultam o enfermeiro lidar com o processo morte/morrer. 16 enfermeiros que trabalham na assistência de enfermagem do hospital geral. Os sentimentos mencionados foram angústia, impotência, frustração, culpa e tristeza.Tendem a desenvolver o distanciamento e evitam o envolvimento emocional, com objetivo de evitar a manifestação de sentimentos.
12 Analisar as dificuldades enfrentadas por enfermeiros intensivistas nolidar com a morte, conhecer a relação enfermeiro – família frente ao processo da morte e identificar o suporte emocional dos enfermeiros em lidarem com a morte. 7 enfermeiras atuantes em UTI. Apresentaram sentimento de tristeza, angústia e impotência.Alguns profissionais relataram alívio e frieza, e nesses é perceptível que há uma resistência em criar vínculos, justamente para quando for necessário se distanciar, não sofrerem.
13 Identificar os desafios encontrados pela equipe de enfermagem diante do óbito, avaliando se esses profissionais estão preparados para tais situações. 40 profissionais de enfermagem, sendo 27 técnicos de enfermagem e 13 enfermeiros. Os profissionais evidenciaram sentimento de tristeza, impotência e fracasso.
14 Conhecer a partir das experiências vivenciadas em ambientes intensivos de cuidados da saúde, como os profissionais de enfermagem lidam com a morte. 6 profissionais de enfermagens intensivistas. Foram mencionados os sentimentos de tristeza e frustração, predominantes no processo de morte.Os profissionais relatam que tendem a evitar o envolvimento emocional para que não sofram, e com o passar do tempo tornam-se pessoas mais “frias”.
15 Conhecer as vivências da equipe de enfermagem acerca do processo de morrer e morte em UTI. 07 técnicos de enfermagem atuantes em uma UTI. Foi identificado que a certeza de que o trabalho foi realizado com qualidade atrelado a religiosidade, são estratégias eficazes para o enfrentamento da morte. Outro aspecto referenciado como forma de enfrentamento é o diálogo entre os membros da equipe. Nota-se a importância de um espaço de escuta e de educação continuada para os trabalhadores.

Fonte: Produção do próprio autor, 2020

DISCUSSÃO

Após a análise dos 15 artigos selecionados, emergiram duas grandes categorias, sendo o tema 1: “Sentimentos Vivenciados” da qual foi dividida em duas vertentes: “sentimentos pessoais” e “sentimentos profissionais”. O tema 2 foi “Estratégias de Enfrentamento” da qual originou-se, também, dois subtemas: “estratégias pessoais” e “estratégias profissionais”.

Dos artigos elegíveis para essa revisão, 86,66%(13) relataram a existência de sentimentos por profissionais de enfermagem durante o processo de morte e morrer, sendo que 84,61% dos estudos abordaram os sentimentos pessoais, divididos em: tristeza (ARTIGO 2, 5, 6, 8, 9, 11, 12, 13, 14), ansiedade/angústia (ARTIGO 6, 7, 8, 11, 12) e compaixão/empatia/alívio (ARTIGO 3, 5, 6). Em contrapartida 76,92% dos artigos trouxeram os sentimentos de cunho profissional: fracasso, impotência, frustração, insucesso e culpa (ARTIGO 2, 3, 4, 6, 8, 10, 11, 12, 13, 14).

Em relação ao sentimento de tristeza, Kluber-Ross a evidência como um sintoma inicial da depressão, sendo essa o quarto estágio do processo de luto(27). Diante de circunstâncias específicas o ser humano desenvolve o sentimento de tristeza, que por sua vez corresponde a resposta humana universal em situações de perda, derrota, decepção e outras adversidades(28). (Error 1: La referencia debe estar ligada) (Error 2: El tipo de referencia es un elemento obligatorio) (Error 3: No existe una URL relacionada) (Error 4: La referencia debe estar ligada) (Error 5: El tipo de referencia es un elemento obligatorio) (Error 6: No existe una URL relacionada)

O processo de morte e morrer acarreta aos profissionais de enfermagem diversas emoções, e a tristeza é o sentimento mais mencionado nos estudos analisados, sendo demonstrada com diferentes justificativas.

Algumas condições influenciam a forma com que os profissionais lidam com a finitude, entre elas, a idade do paciente(13,16,19,20). A tristeza é predominante em situações que envolvem a morte de crianças e jovens, pois é vista como uma morte prematura, que não estava no tempo de acontecer, ferindo a ordem cronológica aceita pela sociedade, enquanto a morte de idosos é encarada como o “final da vida” e é melhor aceita como um processo biológico e natural(29,30,31).

A tristeza é mencionada também em caso de vínculo entre profissional e paciente. Sabe-se que para prestação do cuidado é necessário que se desenvolva uma relação de ajuda e empatia entre quem cuida e quem é cuidado(32), e esse vínculo criado durante a internação é um fator que potencializa a tristeza(13,16,17,23). A equipe de enfermagem é responsável pelo cuidar e são esses os profissionais que prestam a assistência integral(29), desse modo a finitude ocasiona o rompimento da relação criada e a perda torna-se mais significativa, tanto em nível profissional quanto a nível pessoal, resultando em sofrimento(33).

O vínculo é criado não apenas com o paciente mas também com seus familiares, a convivência gera empatia e, desse modo, é considerada uma atitude positiva que evidencia a humanização do cuidado(34). Mas por outro lado, pode resultar em tristeza para os profissionais ao presenciarem o sofrimento da família após a morte do paciente(13,20,24,30), pois a equipe tende a colocar-se no lugar dos membros da família.

Ainda foi relatado que ao vivenciar a morte o profissional presencia e comprova a fragilidade humana, e isso faz com que se analise a própria vida e a sua finitude pessoal(32) aflorando a tristeza mediante a vulnerabilidade do ser humano.

A equipe de enfermagem declara vivenciar a ansiedade e angústia frente a morte (ARTIGO 6, 7, 8, 11, 12), e essas emoções são classificadas como reações humanas básicas, de origem emocional e fisiológica, que são ativadas pelo organismo afim de alertar situações de ameaça(35). A ansiedade considerada normal (não patológica) está relacionada ao manejo da saúde mental, e é necessária para o equilíbrio e ajuste das emoções, diferentemente da ansiedade patológica que representa o descontrole psíquico, resultando em agravos mentais e físicos(36).

Dessa forma é possível analisar, nos estudos incluídos, a presença da angústia e ansiedade, em sua maioria em níveis normais, sendo assim um sentimento inicialmente negativo, mas que tem como função a estabilização e equilíbrio da saúde mental.

Um estudo realizado com 100 profissionais de enfermagem atuantes em UTI adulto apresenta resultados que corroboram com a teoria apresentada, onde 85% dos profissionais referem ansiedade mínima, seguido de 10% de grau leve de ansiedade, 4% de grau moderado e apenas 1% com grau severo(37). Sendo assim, fica evidente que a ansiedade e angústia mencionada pelos profissionais de enfermagem é de cunho natural e fisiológico. Porém, deve-se tratar com atenção qualquer grau de ansiedade e angústia, visto que o cuidar exige uma saúde mental equilibrada, e a ausência dessa pode acarretar em dificuldade de prestar uma assistência de qualidade(37).

Apesar de todos os sentimentos negativos que envolvem o processo de morte e morrer, também foram mencionados sentimentos positivos, destacando a sensação de alívio (ARTIGO 3, 6) e a compaixão (ARTIGO 5).

O alívio é resultante do pensamento de que a morte vem para pôr fim ao sofrimento, geralmente emerge em situações em que o paciente sofria muito em vida e já não existiam possibilidades terapêuticas(32). Entretanto, a compaixão é referida como a empatia desenvolvida pelo paciente e sua família, esse sentimento trás significado para o trabalho da equipe de enfermagem, conferindo como dever cumprido(38).

No exercício profissional da equipe de enfermagem o objetivo central é a manutenção da vida, a responsabilidade de curar doenças e zelar pela saúde(34,38), o que explica os sentimentos de impotência, frustração, fracasso, insucesso e culpa frente à morte (ARTIGO 2, 3, 4, 6, 8, 10, 11, 12, 13, 14). Esses sentimentos são encontrados na literatura em diversos estudos(29,30,32,33,38,39,40) e fica evidente a falta de preparo para lidar com essas sensações, levando a uma deficiência na prestação do cuidado(41), visto que os profissionais associam a morte a um evento de fracasso, esquecendo que a finitude é algo natural, deixando que um processo fisiológico leve a um sofrimento psíquico.

A dificuldade em lidar com esses sentimentos de cunho profissional torna-se uma fonte de estresse para o dia a dia da equipe de enfermagem, pois a morte desmitifica a teoria de que o profissional é onipotente e invencível, e dessa forma gera incomodo nos profissionais que não são preparados para lidar com a finitude, e assim frustram-se com o pensamento de que poderiam ter feito mais quanto às intervenções(30,41).

Diversos pensamentos dividem-se acerca da UTI, alguns a tem como local para se morrer, outros devido à grande disponibilidade de recurso e por não aceitarem a morte acreditam que é o local de cura, que pode reverter uma situação muitas vezes irreversível. Essa expectativa gera um grande sofrimento, tornando o processo natural de morte e morrer um transtorno.

O desejo de vencer a morte, impregnado nos profissionais de enfermagem, acaba retirando o senso crítico, tornando o processo mais difícil de lidar do que o habitual, deixando que a experiência laboral interfira na sua vida pessoal, trazendo dificuldades em manter o domínio emocional(42,43).

Entre os 15 artigos avaliados 66,66%(10) evidenciaram a utilização de estratégias de enfrentamento, e desses, 90%(9) mencionaram as estratégias pessoais, sendo elas: espiritualidade/religiosidade (ARTIGO 1, 6, 8, 15), evasão (ARTIGO 6, 10, 11, 12, 14), negação (ARTIGO 6, 8) e racionalização (ARTIGO 2, 6). Enquanto apenas 27,27% referiram o uso de estratégias profissionais: prestar assistência com qualidade gera conforto (ARTIGO 5, 15) e diálogo/roda de conversa entre a equipe profissional (ARTIGO 6,15).

Cada ser humano é único, com crenças distintas, e dessa forma a espiritualidade/religiosidade interfere na maneira que cada profissional presta o cuidado e assimila as informações no ambiente que está inserido(31), sendo assim a espiritualidade/religiosidade como estratégia pessoal de enfrentamento foi justificada pela crença de existir um lugar melhor após a morte, onde a dor não existirá, enquanto outros, através do seu conhecimento espiritual pessoal, conseguem aceitar a morte apenas como um fato, e assim utilizam da fé como suporte e facilitador para melhor compreender a finitude, servindo como amparo e gerando conforto emocional(31,34,38).

No que se trata de estratégia de enfrentamento pessoal, a evasão é muito utilizada pelos profissionais de enfermagem, esse mecanismo é fundamentado no princípio de que evitar falar sobre o tema, evita também os sentimentos relacionados ao mesmo (40).

Além de não falar sobre o assunto, os profissionais utilizam a evasão no ato de não se relacionar com seus pacientes, evitando o vínculo e trabalhando de forma prática, sem usar do envolvimento. Estudos relatam que dessa forma a morte torna-se mais fácil de lidar(31,38).

Os profissionais de enfermagem relatam que a ação de fuga resulta em frieza e insensibilidade, e dessa forma conseguem passar por situações de morte dos seus pacientes sem abalos emocionais, porém esse distanciamento acarreta em lacunas no processo do cuidado humanizado(34).

Em relação ao luto, a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross desenvolveu o Modelo de Kübler-Ross, o qual identifica as 5 fases do luto. A primeira fase do luto é a negação(27), e foi possível identificar essa estratégia nos artigos selecionados para este estudo (ARTIGO 6, 8).

A negação é utilizada como estratégia primária e momentânea com objetivo de estabilização rápida diante do trabalho exaustivo(27) e existe principalmente em instituições que não oferecem estratégias de enfrentamento a nível profissional. Porém, assim como a evasão, é um mecanismo prejudicial, tanto para a prestação do cuidado, tornando-se uma barreira, quanto para a própria evolução pessoal(32,34,40).

Diante do convívio diário com situações de morte, o profissional acostuma-se e aceita o processo de morrer naturalmente. Encarar a morte como um processo biológico e natural é também uma forma de se proteger dos sentimentos que a mesma acarreta(30). Essa estratégia é conhecida como racionalização (ARTIGO 2, 6) e é utilizada para evitar a desestabilização emocional dos profissionais(13,32).

O profissional de enfermagem é conhecido como o responsável pelo processo do cuidado(29), desse modo, a assistência prestada com qualidade é eficaz no enfrentamento da morte de um paciente. A certeza de cumprir todos os deveres de forma correta e zelar pela manutenção da vida, mantendo a dignidade do paciente, enquanto pôde, é extremamente valorizada pela equipe de enfermagem, e assim garante um suporte emocional para o profissional(16,26), resultando em melhor aceitação da finitude. Um estudo realizado com 11 enfermeiros comprova essa hipótese(32).

As estratégias de enfrentamento motivadas pelas instituições são de grande importância para atuação dos enfermeiros (ARTIGO 6, 15), e o diálogo/rodas de conversa mostraram-se eficientes para lidar com o processo de morte e morrer(40).

Dialogar é visto como um meio de aliviar o peso que a morte ocasiona, a expressão e compartilhamento dos sentimentos com os colegas de trabalho é uma das opções mais construtivas para o ser como trabalhador(17,26,40). Além do alívio, o diálogo também é benéfico para interação da equipe, é um instrumento que resulta em troca de informações, colocar-se no lugar do outro profissional, promovendo ajuda mútua. Dessa forma, os profissionais se fortalecem e buscam maneiras de enfrentar esse momento tão delicado que é a morte(26,32,34).

CONCLUSÃO

Diante do exposto foi possível identificar que os profissionais de enfermagem expressam sentimentos pessoais positivos, como alívio e compaixão, diante do processo de morte e morrer, porém, com destaque nos sentimentos negativos, sendo esses: tristeza e angústia/ansiedade. Quanto aos sentimentos enquanto profissionais de saúde, os artigos analisados demonstraram que os profissionais encaram a morte como um fracasso, sentem-se impotentes diante de um processo natural, frustrando-se com o inevitável.

Diante do convívio diário com situações de morte, identificou-se a utilização de estratégias de enfrentamento pessoais como a busca pela espiritualidade/religiosidade, a tentativa de evitar a criação de laços entre profissional e paciente - estratégia conhecida como evasão - a negação e a racionalização, que é definida como a habilidade de compreender a finitude e aceitá-la. No campo profissional, as estratégias utilizadas relacionaram-se a assistir com integralidade e prestar atendimento de qualidade ao paciente, garantindo o conforto e utilizando as práticas de forma correta, além de diálogos e rodas de conversa entre a equipe multiprofissional.

Os sentimentos apresentados pelos profissionais de enfermagem podem acarretar em lacunas significativas no processo de assistência caso as estratégias de enfrentamento não sejam efetivas. Essas estratégias dependem das crenças e experiências vivenciadas individualmente. No entanto, muitas dessas estratégias são mal administradas. Desse modo, sugere-se para que as instituições desenvolvam estratégias profissionais, como rodas de conversas e palestras sobre a temática, considerando o impacto positivo para prática profissional. Ainda se ressalta a importância de as instituições fornecerem apoio psicológico para a equipe de enfermagem a fim de evitar o surgimento de doenças e transtornos, decorrentes da falta de habilidade em gerenciar os próprios sentimentos.

Os resultados do estudo evidenciam a necessidade do ensino sobre a temática ainda na graduação, para que o profissional esteja preparado para situações de finitude durante a prática profissional e desenvolva a habilidade do domínio das emoções, sendo essa extremamente importante para a manutenção da saúde mental.

REFERÊNCIAS

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Autor notes

Como deve ser a atuação da equipe de enfermagem frente ao processo de morte e morrer do paciente terminal?

O Profissional da enfermagem diante da morte de um paciente deve estar pronto para além de enfrentar seus medos, suas dores eles devem oferecer apoio aos familiares nesse processo de luto, além de respeitar seus costumes e crenças.

Qual a importância do profissional da saúde conhecer os processos relacionados ao luto?

No entanto, é de essencial importância o preparo emocional desses profissionais na vivência do processo do luto e da morte, além do conhecimento das fases desse processo e das condutas que devem apresentar, tendo em vista a morte com o paciente e a família.

Como a psicologia pode atuar no processo de morte e morrer?

Como integrante de uma equipe multiprofissional, o psicólogo terá diversas e minuciosas formas de atuar, especialmente em casos de pacientes em situação de luto iminente. Seu trabalho deve levar em conta vários aspectos, como: a instituição, a equipe multiprofissional, o paciente e sua doença, bem como a família deste.

Qual a importância da participação do profissional de enfermagem no processo de luto vivenciado pela família?

O convívio da equipe de enfermagem com o paciente e os familiares dele, favorecem o desenvolvimento do estresse, pois estes profissionais enquanto mais “técnicos” tendem a recolher os sentimentos de afeto que geram para com a família do paciente. Conclusão: Cuidados de enfermagem no processo de enfrentamento do luto.