Avaliação do grau de conhecimento do uso indiscriminado dos antibióticos

AVALIAÇÃO DO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS POR ESTUDANTES E FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Resumo

A automedicação é o ato de consumir uma determinada substância com o objetivo de aliviar ou tratar sintomas ou doenças autodiagnosticadas pelos pacientes ou profissionais não aptos, sem a devida prescrição de um profissional capacitado e certificado. O uso de antibióticos por sua vez é algo cada mais frequente quando se refere a automedicação, essa é uma prática comum, vivenciada por civilizações de todos os tempos, com características peculiares a cada época e a cada região. O uso indiscriminado e inadequado de drogas antimicrobianas tem sido o grande responsável pelo aparecimento de cepas resistentes, isso ocorre quando a mesma é capaz de se reproduzir na presença de substâncias antimicrobianas com dosagens mais elevadas que as doses terapêuticas normalmente utilizadas. O objetivo deste estudo é avaliar a utilização de agentes antimicrobianos por estudantes e funcionários de uma instituição de ensino superior, identificando os fatores que levam a tal prática. O estudo tem caráter quantitativo-analítico-transversal e foi realizado em uma instituição de ensino superior localizada na cidade de Quixadá, Ceará, através da aplicação de um questionário semiestruturado composto por 11 perguntas e realizado no mês de novembro de 2019, o qual foi respondido por 64 pessoas, dessas 93,% eram estudantes e 7,% funcionários. Com relação ao sexo, 59,4% dos respondentes eram mulheres e 40,6% homens, 25% dos entrevistados tinham entre 18 a 23 anos, 6,2% tinham de 24 a 40 anos e 1,6% tinham mais de 48 anos. Foi constatado que 96,9% dos respondentes já tinham feito uso de algum antibiótico, destes 60,9% utilizaram antibiótico para tratar dor de garganta e 14,1% para tratar infecção urinária e ainda 10,9% de forma errônea para o tratamento da gripe. Dentre os pesquisados, 79,7% responderam que já utilizaram antibiótico sem prescrição médica, enquanto 71,9% afirmam ter conhecimento sobre os riscos de tomar antibiótico por conta própria. Com relação a automedicação com antibióticos, 61,3% responderam que não se deve tomar esse tipo de remédio por conta própria, pois aumenta a resistência bacteriana, 25,8% argumenta ser um medicamento que não pode ser utilizado mais de uma vez por ano e 9,7% afirma que causa gastrite. Sobre a frequência do uso de antibiótico, 53,1% afirmam tomar raramente, 18,8% duas vezes por ano, 15,6% três vezes por ano 9,4% uma vez por ano, enquanto 3,1% nunca tomou. De acordo com outros estudos, a maioria dos usuários de antibióticos são mulheres, muitas vezes devido a infecções urinárias, sendo notória a facilidade da venda do mesmo sem prescrição médica. Dentre os dados apresentados acima observa-se que muitas pessoas comumente realizam automedicação de antibiótico, não tendo muita noção dos riscos inerentes à saúde, assim a população deve ser alertada sobre esse fato através de ações educacionais e uma maior vigilância quanto às farmácias e drogarias que vendem estes medicamentos sem a devida prescrição médica.

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Qual é o principal problema causado pelo uso indiscriminado de antibióticos?

Como o uso indiscriminado de antibióticos está relacionado ao aumento da resistência das bactérias e esses medicamentos?

Por que razão o uso indiscriminado de antibióticos pode levar à formação de cepas bacterianas resistentes?

Como orientar o paciente sobre o uso dos antibióticos prescritos pelo médico?