Antes de 1990 o movimento empreendedor no Brasil era praticamente inexistente ou nulo

O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-Io na jornada empreendedora. O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio. O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia.

AlGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO

SABEM TOMAR DECISÕES
Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo isso um fator chave para o seu sucesso. E mais: além de tomar decisões, implementam suas ações rapidamente.

SABEM EXPLORAR AO MÁXIMO AS OPORTUNIDADES
Para a maioria das pessoas, as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou acaso. Para os visionários (os empreendedores), as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informação. Para Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado com uma oportunidade identificada. Para Kirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

SÃO LÍDERES E FORMADORES DE EQUIPES
Os empreendedores têm um senso de liderança incomum.
E são respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si. Sabem que para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos campos onde não detêm o melhor conhecimento.

SÃO ORGANIZADOS
Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

POSSUEM CONHECIMENTO
São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

ASSUMEM RISCOS CALCULADOS
Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios. E para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora.

Grátis

234 pág.

  • Denunciar

Pré-visualização | Página 4 de 50

número caiu bastante por conta da crise enfrentada pelo país nos últimos anos, quando inúmeros micro e pequenos negócios tiveram suas atividades encerradas. Reflita Vamos refletir um pouco sobre quais as ações que podem ser consideradas como empreendedoras: qualquer tipo de venda ou prática comercial realizada por um indivíduo pode ser considerada como uma ação empre- endedora? Veja o artigo O Empreendedor na Era do Trabalho Precário: relações entre empreendedorismo e precarização laboral e analise essa importante e atual questão do empreendedorismo brasileiro. 15 OLIVEIRA, E. N. P.; MOITA, D. S.; AQUINO, C. A. B. O Empreendedor na Era do Trabalho Precário: relações entre empreendedorismo e precarização laboral. Psicologia Política, v. 13, n. 36, maio/ago. 2016, p. 207-226. Em síntese, as ações empreendedoras no Brasil ganharam força a partir de 1990, com a criação do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Antes desse período, o movimento empreendedor no Brasil era praticamente inexistente ou nulo, pois os conturbados ambientes políticos e econômicos brasileiros não contribuíam em absolutamente nada para o fomento do empreendedorismo no país. Todavia, com a criação do Sebrae, a abertura do comércio internacional, a implantação do Plano Real e a criação do SIMPLES Nacional – que era um sistema de tributação simplifi- cado – essa realidade mudou completamente. Para Dornelas (2018), o Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, pois oferece todo tipo de suporte e consul- toria, entre outras ações, para promover a profissionalização dos novos empreendedores, além de resolver problemas pontuais no andamento dos micro e pequenos negócios, que não em poucos os casos, segundo dados do órgão, levam muitas empresas ao óbito antes de completarem seu segundo ano de vida. Por isso, é preciso que você não se engane: há muito trabalho ainda a ser feito! É fundamental compreender o empreendedorismo no Brasil de modo macro, melhorar o ambiente de negócios e desburocratizar as obrigações governamentais e sistema de tributação brasileiro. Além disso, profissio- nalizar de modo constante os nossos empreendedores e todos aqueles que direta ou indiretamente envolvidos com o tema é algo que deve nortear as nossas condutas. Veja, a seguir, a crítica do Souza Neto (2017, p.168-169): […] Agora, falar de empreendedorismo no Brasil, por exemplo, para muitos, basta pegar os resultados do GEM e daí, se o resultado foi “bom”, como no de 2000: “o empre- endedorismo no Brasil vai muito bem obrigado. Somos os campeões mundiais!”. Quando o resultado foi “ruim”, como no último: “o empreendedorismo no Brasil vai mal. O problema é cultural. […] Falam de inovação como se isso fosse o máximo, mas não especulam, e não recebem as novas massas de fatos não analisados de braços abertos – especialmente fatos estatísticos – e, sendo assim, não praticam a “destruição criativa” em si mesmos, e se 16 “esquecem” também de Schumpeter: não ousam e não inovam no pensar. Perfil empreendedor: atitudes e habilidades empreendedoras O empreendedor tem algumas características de perfil comportamental em comum, contudo, embora há muito tempo se tenha acreditado que tais características eram traços natos dos indivíduos, hoje sabemos que o empre- endedorismo pode ser ensinado e desenvolvido. Logo, é possível desenvolver, aprender, trabalhar e melhorar atitudes, habilidades e comportamentos que levem ao desenvolvimento de suas competências empreendedoras. Sem entrar no mérito dos aspectos e carac- terísticas específicas da origem de cada indivíduo, os estudos e ensinamentos do empreendedorismo têm alcançado as pessoas cada vez mais cedo, fazendo parte inclusive de programas de ensino pré-escolares. Por mais que obvia- mente, existem pessoas com mais predisposição e características para atuar em determinadas áreas, sempre é possível desenvolver ou aprimoras habili- dades, conhecimento e atitudes em prol da formação de competências. Com o empreendedorismo não é diferente. Chiavenato (2012) explica que o empreendedor, mesmo em situações não muito claras ou óbvias, usa sua sensibilidade, intuição e experiência no mundo dos negócios para avaliar e aproveitar oportunidades que surgem e, com isso, faz as coisas acontecerem. A tais características o autor acentua informando que é fundamental que o empreendedor tenha energia, criativi- dade, imaginação, perseverança, traços de liderança, aptidão para trabalhar com equipes, e não apenas com indivíduos. Dessa forma, combinando esses elementos adequadamente, chega-se a um perfil empreendedor, que o habilita a transformar uma ideia simples em algo que produza resultados concretos e bem-sucedidos no mercado. Esse rol de atributos o autor denomina como características do espírito empreendedor. Por fim, Dornelas (2018) reitera que se trata de um mito o fato de que empreendedores são natos e nascem para o sucesso. Para o autor, a realidade é que seus conhecimentos, habilidades e atitudes vão se desenvolvendo e se aprimorando com o passar dos anos, as experiências pelas quais ele passa, busca por conhecimento, rede de network, entre outros, conforme o passar dos anos. 17 Dessa forma, listamos a seguir uma série de atributos pessoais e caracte- rísticas que levam os empreendedores ao sucesso no século XXI: • Autoconhecimento aliado à boa inteligência emocional. • Proatividade e criatividade para explorar as oportunidades. • Flexibilidade, agilidade e dinamismo na tomada de decisão. • Alta capacidade de formação, liderança e comunicação junto à equipe. • Grande conhecimento e paixão pelo negócio. • Organização, racionalidade e independência, o que faz a diferença em momentos adversos. Caro aluno, você deve ter compreendido que o empreendedorismo é algo fundamental em nosso modelo de sociedade atual, não somente por sua clara importância econômica, como também por sua relevância social, na perspectiva de ser usada como ferramenta que oportuniza condições para redução da desigualdade social. Até a próxima! Sem medo de errar Caro aluno, agora que estudou sobre o empreendedorismo, seus conceitos e contexto no Brasil e no mundo, vamos voltar à situação problema envol- vendo a ideia de Jorge e as dúvidas do seu pai, Toninho? Antes de qualquer coisa, que tal relembrarmos em linhas gerais o caso? O Sr. Antônio era um grande padeiro e trabalhou a vida toda nesse ofício. Estava muito orgulhoso, pois havia conseguido criar dignamente sua família, feito suas economias e, depois de mais de 35 anos de trabalho duro, estava se desligando da padaria em que trabalhava, pois era o momento de se aposentar. Todavia, seu Toninho, como era carinhosamente conhecido, não estava totalmente conformado com a aposentadoria, pois entendia que ainda podia trabalhar – mas os seus patrões não pensavam assim. Já o Jorge, seu filho, era um estudante universitário que, atualmente, estava desempregado. Com a forte crise econômica, estava tendo grandes dificuldades para conseguir um novo emprego. Porém, em uma determinada aula de empreendedorismo na sua faculdade de Administração, ele vislum- brou uma hipótese que atenderia aos seus anseios e os dos seus pais: ambos poderiam abrir o seu próprio negócio, uma padaria. 18 Juntando a experiência do seu pai com o seu conhecimento acadêmico, poderiam tocar o próprio negócio, tornando-se empreendedores. Apesar de Toninho ter achado a ideia interessante, ele ficou bastante assustado, em um primeiro momento, e falou para o filho que, para tomar uma decisão, era fundamental ter mais informações sobre o empreendedorismo e ter suas dúvidas esclarecidas. Jorge ficou responsável por conseguir as respostas e esclarecimentos. Vamos ajudá-lo em sua tarefa? Primeiramente, seu Toninho achava que as pessoas nasciam com um dom para ter seu negócio e empreender. Essa opinião na verdade é um dos maiores mitos em torno do empreendedorismo. Como em

Como era o movimento empreendedor no Brasil antes de 1990?

Antes dessa época o empreendedorismo aqui era praticamente inexistente, e um dos principais motivos para isso era a falta de informações e conhecimento para auxiliar os empreendedores em suas trajetórias.

Quando começou o movimento de empreendedorismo no Brasil?

O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas.

O que ocorreu na década de 1990 com relação ao conceito de empreendedorismo é porque se deu a mudança?

Os anos 90, período pós-ditadura e com a abertura econômica, também foram muito importantes para o país. Ocorreu a entrada de capital estrangeiro e o aumento da competitividade, e foi assim que a cultura empreendedora cresceu no Brasil.

Quais foram os primeiros empreendedores do Brasil desde 1990?

Um dos primeiros empreendedores de sucesso do Brasil foi o Barão de Mauá. Descendente direto de portugueses que desbravaram o Brasil, o Barão, por meio de mão de obra escrava, conseguiu empreender rapidamente, fabricando caldeiras de máquinas a vapor, engenhos de açúcar, prensas, encanamentos, etc.

Toplist

Última postagem

Tag