A importância dos antecedentes históricos para administração que temos hoje

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Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu com uma impressionante lentidão.

A importância dos antecedentes históricos para administração que temos hoje

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Muitos talvez não tenham percebido dessa forma, mas podemos destacar que num tempo longínquo, era possível perceber noções administrativas nas construções da muralha da China e das pirâmides do Egito (devido à complexidade e à grandeza desses empreendimentos). Exatamente isso, se pensarmos na figura de Moisés conduzindo o povo no Êxodo do Egito, podemos observá-lo como um grande líder.

A importância dos antecedentes históricos para administração que temos hoje

Porém, foi somente a partir do século XX é que a administração surgiu de maneira inovadora. Pouco antes, em meados do século XIX, a sociedade era completamente diferente. As organizações eram poucas e pequenas: pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos (como médicos, advogados e agricultores). Tudo muito simples.

Vamos pensar um pouco: Na verdade, para chegar à Administração de hoje foi necessária uma longa e progressiva jornada com fortes influências diversas. E que influências são essas? As influências significativas veremos a seguir.

 Influência dos filósofos e economistas liberais

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Principais contribuições e reflexões sobre a administração por esses grandes nomes

 Sócrates – administrar é uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência.

 Platão – preocupou-se com os negócios públicos e com a forma democrática de governo. Em sua obra “A República” expõe a forma democrática de governo como a preferida na administração dos negócios públicos.

 Aristóteles – discípulo de Platão, estudou a organização do Estado e em seu livro “Política” distinguia três formas de administração pública:

– Monarquia – governo de um só;

– Aristocracia – governo de uma elite; e

– Democracia – governo do povo.

 René Descartes – em seu livro “O discurso do Método” descreveu o método cartesiano cujos princípios são:

– Princípio da Dúvida Sistemática ou Evidência – não aceitar como verdadeira coisa alguma, enquanto não souber com evidência aquilo que realmente é verdade;

– Princípio da Síntese de Composição – conduzir ordenadamente nossos pensamentos, iniciando pelos assuntos mais fáceis para caminharmos gradualmente aos mais difíceis;

– Princípio da Analise e da Decomposição – dividir cada problema em tantas partes quanto possível e resolvê-los cada um separadamente; e

– Princípio da Enumeração ou Verificação – fazer recontagem, verificações, revisões gerais para ter certeza de que não foi omitido ou deixado de lado.

 Nicolau Maquiavel – seu famoso livro “O Príncipe” refere-se à forma de como um governante deve se comportar. Para Maximiano (2000), Maquiavel pode ser entendido “como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas”. Algumas de suas ideias foram popularizadas:

– “Se tiver que fazer o mal, o príncipe deve fazê-lo de uma só vez. O bem deve fazê-lo aos poucos”.

– “O príncipe terá uma só palavra. No entanto, deverá mudá-la sempre que for necessário”.

– “O príncipe deve preferir ser temido do que amado.”

Thomas Hobes – o homem primitivo era um ser antissocial, atirando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o homem é o lobo do próprio homem”. O Estado representa um pacto social que, ao crescer, alcança as dimensões de um dinossauro ameaçando a liberdade dos cidadãos.

 Karl Marx e Friedrich Engels – A dominação econômica do homem pelo homem é a geradora do poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. A história da humanidade sempre foi a história da luta de classes (entre exploradores e explorados).

 Adam Smith – filósofo e economista que em sua obra “A Riqueza das Nações” trazia o princípio da especialização dos operários e o princípio da divisão do trabalho em uma manufatura de agulhas, ressaltando a necessidade da racionalização da produção. Para Adam Smith, a origem da riqueza das nações reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos, pensamento que, mais tarde, Taylor desenvolveria na Administração Científica.

 Influência da Igreja Católica

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Você não imagina como a Igreja Católica pode ter relação com a administração?

Entenda que com a queda do Império Romano em 476 d.C, a Igreja Católica passou a ser a maior organização da sua época.

Saiba que a organização hierárquica da igreja é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de somente uma cabeça executiva: o Papa.

A igreja católica possui uma hierarquia de autoridade, um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assessorar a integração.

O interessante é que a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para as demais organizações que passaram a incorporar os princípios e normas da Igreja Católica como inspiração sobre autoridade, comando entre outros.

Influência da Organização Militar

 

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Você sabia que a Organização Militar influenciou fortemente o surgimento das teorias da Administração ao longo do tempo?

Pois é, o General Filósofo Chinês Sun Tsu (544 a.C – 496 a.C), ainda reverenciado até os dias de hoje, escreveu um livro sobre a arte da guerra, no qual trata da preparação de planos, guerra efetiva, manobras, variações táticas, pontos fortes e fracos do inimigo, organização do exército e outros aspectos que fizeram com que o livro ganhasse versões contemporâneas de muitos autores e consultores.

Assim, a organização linear, por exemplo, tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e época medieval. A escala hierárquica, isto é, os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade é um aspecto típico da organização militar usado nas organizações até hoje.

A Organização Militar contribuiu com o princípio da Unidade de Comando, em que cada subordinado só pode ter um superior e com o princípio da direção em que todo soldado sabe perfeitamente o que se espera dele e o que deve fazer.

Outro exemplo interessante: Na época de Napoleão, ele chefiava o exército e tinha responsabilidade de supervisionar a totalidade. Só que com a expansão territorial das batalhas, a direção ou o comando das batalhas exigiu um novo plano de organização, assim, passou a planejar a centralização do controle e descentralização da execução. Napoleão também nunca deu uma ordem sem explicar o objetivo e se certificar de que todos tinham entendido, pois na sua visão a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente.

Influência da Revolução Industrial

 

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Não podemos deixar de abordar que com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua posterior aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho.

– 1780 a 1860- A 1ª Revolução Industrial do carvão e do ferro passou por 4 fases:

1- Mecanização da indústria e da agricultura

2- A aplicação da força motriz à indústria

3- O desenvolvimento do sistema fabril

4- Espetacular crescimento dos transportes e das comunicações

– 1860 a 1914: A 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade apresentou as seguintes características

– Substituição do fero pelo aço

– Substituição do vapor pela eletricidade

– Especialização do trabalhador

– Crescente domínio da indústria pela ciência

– Transformação radical nos transportes e nas comunicações

– Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista

– Expansão da industrialização.

Assim, houve a transferência da habilidade do artesão para a máquina (para produzir mais rápido, com maior quantidade, melhor qualidade e com redução dos custos de produção).

Houve também a Substituição da força do animal ou músculo humano pela potência da máquina a vapor (e depois pelo motor) permitindo maior produção e economia.

Todas estas contribuições foram essenciais, pois estabeleceram bases para que, a partir do início do Século XX, os estudiosos da Administração criassem esse ramo de estudo que já se consolidou como ciência, embora isto ainda seja muito recente.

E aí gostou de aprender todas estas influências? Já conhecia alguma delas? Conhece alguma outra? Conte-nos aqui em baixo, pois estamos curiosos para saber sua opinião.

Qual é a importância da administração nos tempos atuais?

Todos os serviços contratados e produtos adquiridos, por sua vez, são frutos do trabalho de outros administradores, estes, com formação profissional, atuam dentro de empresas, aplicando técnicas administrativas para tornar tudo possível. Ou seja, tudo que existe no mundo de hoje é resultado da administração.

Quais são os antecedentes históricos que influenciaram a administração?

A história da Administração surgiu a muitos séculos atrás, mais precisamente no ano 5.000 A.C., na Suméria, quando seus antigos habitantes procuravam uma maneira para melhorar a resolução de seus problemas práticos, então surge a arte e o exercício de administrar.

Qual a importância da história da administração?

A importância da administração no desenvolvimento humano: A grande importância é que não pode existir uma sociedade sem administração. O crescimento da população obrigou o homem a se organizar e controlar para que todos os pertencentes a esta sociedade pudessem desenvolver e viver decentemente.

Como a história da administração influência no cotidianos das empresas atualmente?

As concepções familiares influenciam os administradores e consequentemente a forma como eles administram suas empresas. Durante muitos anos e ainda atualmente com menos influencia, as famílias foram administradas de maneira centralizada, sempre com o poder patriarcal determinando os rumos dessas organizações.