6 explique o que foi e qual era a função da Companhia de Comércio do Grão-para e Maranhão

Considerada uma das mais importantes companhias pombalinas de comércio colonial, a CGPM foi criada pelo alvará régio de 7 de junho de 1755, por meio do qual D. José I atendia a representação que lhe foi dirigida por alguns negociantes do Grão-Pará que, convencidos por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, então governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão, solicitavam autorização para estabelecer uma companhia de comércio monopolista. Segundo os seus Estatutos Gerais, a Junta de Administração da Companhia, que tinha sede em Lisboa, era composta de um provedor, oito deputados e um secretário, além de três conselheiros, e responderia diretamente à autoridade do monarca, o único poder político de cuja vontade dependia. Nas áreas do ultramar onde vigorava o monopólio do tráfico – Cacheu, Bissau, ilhas de Cabo Verde, Angola, Costa da Mina, Pará e Maranhão – a Junta nomeou dois administradores para gerenciarem os negócios da companhia. Entre os privilégios concedidos à companhia pelo alvará estavam a exclusividade do comércio por grosso e navegação e do tráfico de escravos africanos nas capitanias do Grão-Pará e Maranhão, por um período de 20 anos, possível de ser renovada por mais 10 anos. Os privilégios e esfera de influência da CGPM foram bastante ampliados pelo alvará de 28 de novembro de 1757, conhecido como o alvará secreto, no qual D. José I ratificou os dezesseis pontos contidos no documento que lhe foi encaminhado pela Junta de Administração, entre eles a concessão à companhia, por vinte anos, do comércio exclusivo e dos governos político e militar das ilhas do Cabo Verde e suas anexas e da costa de Guiné, desde o cabo Branco até o cabo das Palmas.

A criação desta companhia deve ser compreendida no contexto das reformas pombalinas, que visavam quer a dinamização da economia do estado, por meio do incremento da agricultura e do comércio, quer a consolidação do território sob domínio da coroa portuguesa. Nesse sentido, tais reformas reorganizaram o mundo do trabalho na Amazônia colonial, extinguindo a escravidão indígena e intensificando a introdução de escravos africanos na região. Entre 1758 e 1778, período de vigência do seu monopólio, a companhia teria introduzido no Pará, Maranhão e Rio de Janeiro um total superior a 25 mil escravos. Na carta dirigida ao Marquês de Pombal, seu irmão, defendendo a criação desta companhia, Mendonça Furtado argumentava que o seu estabelecimento levaria ao crescimento das rendas reais, na medida em que, dinamizando a economia do estado, possibilitaria a transformação de fazendas abandonadas e territórios dominados pelo mato em engenhos e plantações rentáveis, que retirariam o referido estado da miséria. Um papel que a companhia viria efetivamente a desempenhar nos 20 anos de vigência do seu estanco. Durante esse período, as exportações da capitania do Pará somaram 2.193 contos de réis, constando na sua pauta de exportações produtos como algodão, cacau, café, cravo fino, salsa, açúcar, óleo de copaíba, madeiras, couros. Entre os produtos importados para a Amazônia estavam azeite, bacalhau, vinho, ferramentas agrícolas, louças, pólvora, panos de linho, chapéus. [A: José Alves de Souza Junior, 2014]

Bibliografia: Carreira 1968, 1988; Dias 1970; Silva 2008; Florentino & Ribeiro 2004; Pinto & West 2012.

doi:10.15847/cehc.edittip.2014v009

Questão de História - Explique o que foi e qual era a função da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

6 - Explique o que foi e qual era a função da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

RESPOSTA: A Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão ou Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão foi uma empresa privilegiada, de carácter monopolista, criada pelo Marquês de Pombal, na segunda metade do século XVIII, em Portugal. Confirmada pelo Alvará Régio de 7 de junho de 1755,destinava-se a controlar e fomentar a atividade comercial com o o Estado do Grão-Pará e Maranhão, fortalecendo a prática do mercantilismo no reino.

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Com o objetivo de aumentar os lucros comerciais com a exploração das colônias, aprimorar o processo produtivo e ultrapassar os países concorrentes, as nações europeias organizaram as Companhias de Comércio. Apesar de apresentarem administração independente, estes órgãos possuíam uma parte do capital que provinha do Estado. Durante os séculos XVII e XVIII, Portugal, que era o país colonizador do Brasil, organiza-se em quatro Companhias de Comércio: Companhia Geral do Comércio do Brasil, Companhia do Comércio do Maranhão, Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e do Maranhão e Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba.

Entre essas, a primeira a ser criada foi a Companhia Geral do Comércio do Brasil (1649) e seu objetivo era referente às primeiras necessidades dos colonizadores no País. Fornecia escravos e garantia a locomoção do açúcar no território europeu, mantinha o auxílio à resistência de Pernambuco contra aos invasores da Holanda e apoiava a recuperação da agricultura de cana-de-açúcar na região nordeste após os tumultos com os holandeses.

A segunda companhia de comércio foi fundada no ano de 1682 e tinha o nome de Companhia do Comércio do Maranhão. O intuito desta companhia era fornecer crédito para a exportação de algodão e açúcar e o transporte de produtores e escravos. No século XVII, estas foram as mais importantes Companhias de Comércio.

Porém, durante o século XVIII, Portugal apresenta mais duas companhias. Por intermédio do Marquês de Pombal, surge, em 1755, a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e do Maranhão. Quatro anos depois, é fundada a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba. Nesta época, a mineração de pedras preciosas como o diamante e o ouro estava em amplo desenvolvimento no território brasileiro que ficou conhecido como as “minas gerais”. Porém, mesmo com a alta desta atividade comercial, havia necessidade de reforçar o extrativismo na região Norte  e Nordeste do País. Neste ponto, as duas Companhias de Comércio do século XVIII foram importantes.

Entre as principais características referentes às Companhia de Comércio, estão: estabelecimento de condições de pagamento e formas de financiar, independência na organização do transporte ultramarino e monopólio em compras e vendas de produtos dentro de sua área de ação.

Por meio das Companhias de Comércio, Portugal garantia a manutenção das plantações de fumo, algodão, além dos engenhos açucareiros. Desta forma, conseguia manter os lucros da burguesia e os impostos cobrados pela Coroa. O declínio das companhias ocorreu devido à má administração e falta de capital.

Fontes:
http://amazoniagraopara.ufpa.br/publicacoes/companhia_geral_comercio.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-70772004000300008&script=sci_arttext

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/companhias-de-comercio/

Qual era a função da Companhia de comércio do Grão

Essa companhia, também conhecida por "Estanco do Maranhão", tinha o monopólio completo do comércio no Maranhão e Pará, mas o seu principal negócio era o tráfico de escravos africanos.

Qual era a função da companhia de comércio?

O intuito desta companhia era fornecer crédito para a exportação de algodão e açúcar e o transporte de produtores e escravos. No século XVII, estas foram as mais importantes Companhias de Comércio.

O que foi a campanha do comércio do Maranhão?

Na questão dos escravos, a Companhia de Comércio do Maranhão tinha como promessa a entrega de remessas regulares de escravos africanos como forma de substituir os indígenas, controlados pelos jesuítas. A promessa era de enviar dez mil escravos em até 20 anos, mas as remessas de escravos não eram cumpridas.

Qual foi o objetivo da criação do Estado do Grão

O objetivo da criação deste Estado era o de melhorar a defesa militar na Região Norte e estimular as atividades econômicas e o comércio regional com a metrópole.